Imigração no Estado teve fluxos intensos no Século XX

Escrito por Redação ,
A presença de estrangeiros no Ceará, bem como o nascimento de seus filhos com cearenses, pode até não ser novidade, pois o Estado, só no Século XX, registrou pelo menos três momentos de forte imigração. A diferença está no fato de que, até agora, os imigrantes não haviam se concentrado num único espaço geográfico, como os hoje residentes nas comunidades de Canoa Quebrada e Jericoacoara.

Outra diferença está nas razões indutoras da mudança. No início do Século XX, explica a socióloga Peregrina Capelo, os imigrantes vindos da Europa e Oriente Médio, vinham fugindo de guerras, perseguições religiosas e procuravam um local para se fixar com suas famílias. Já os que começaram a chegar na década de 1990, buscam muito mais diversão e prazer e estão se instalando de forma predatória no Estado.

Construção

Todas essas nuances são importantes para definir as características do movimento e a sua importância para a história e desenvolvimento do Ceará. Os estrangeiros dos anos iniciais do século XX, povoaram não só o Estado, mas as Américas do Norte e Central e, no Brasil, as regiões Nordeste, Sudeste, Centro-Oeste e o Amazonas, na Região Norte.

No Ceará, fixaram residência na capital e cidades como Quixadá e Icó. Tão logo chegavam, abriam estabelecimentos comerciais e mandavam buscar suas famílias para aqui também residir. Na época, vieram para o Ceará, principalmente, portugueses e sírios libaneses.

O segundo período de imigração no Estado, continua Peregrina, ocorreu entre as décadas de 1960 e 70. Era a época dos mochileiros vagando no mundo atrás de locais para viver em contato pleno com a natureza exuberante do local.

Do ano de 1990 para cá, iniciou-se o terceiro período imigratório, com a presença estrangeira devido ao turismo massivo proposto.

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