H1N1: Sesa deve atualizar hoje situação epidemiológica

Sete casos de H1N1 já foram confirmados apenas em Fortaleza; três deles evoluíram para óbitos

Escrito por Redação ,
Legenda: Terão prioridade no atendimento a partir do dia 23 de abril os seguintes grupos: grávidas em qualquer idade gestacional, inclusive as que tiveram bebê até 45 dias antes; adultos com mais de 60 anos, dentre outros
Foto: Foto: Saulo Roberto

Mesmo diante do alerta instalado na sociedade cearense relativo ao surgimento de sete casos de Influenza H1N1, dos quais três evoluíram para óbito, a Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa-CE) não se pronunciou ontem (18) no que diz respeito à atualização do quadro epidemiológico do Estado.

O órgão deve divulgar hoje um boletim sobre a situação encontrada atualmente e quais as perspectivas até o dia 23 de abril, data oficial para o início da campanha de vacinação contra os vírus influenza. Enquanto o período determinado pelo Ministério da Saúde não inicia, clínicas particulares já tiveram aumento considerável de clientes em busca da imunização.

Um colégio privado da Capital reforçou mensagem aos pais de alunos a fim de informar a impossibilidade da presença dos mesmos enquanto estiverem minimamente resfriados.

A atualização dos números da gripe H1N1 chama atenção devido à quantidade de óbitos, uma vez que, em todo o ano de 2017, foram contabilizados pela Sesa-CE apenas cinco casos, em um universo de 36 confirmações para influenza.

De acordo com o infectologista Anastácio Queiroz, professor da Universidade Federal do Ceará (UFC), o número de casos identificados pela Secretaria pode ser superior. "Com certeza tivemos muitos casos, muito mais de 50. Esses sete são os graves, representam minoria; agora, os casos de óbitos, acredito que provavelmente não houve mais do que isso", indica o profissional, ao salientar que nem todas as pessoas doentes por gripe têm a oportunidade de fazer seus exames.

Segundo o médico, a doença atinge, principalmente, pacientes que já possuem outros quadros ou são idosos. "O indivíduo que não está evoluindo bem, mesmo sendo jovem, tem de ter atenção, porque depois que piora muito, fica difícil de fazer o quadro regredir", explica.

Fazem parte dos fatores de risco e, consequentemente, terão prioridade no atendimento a partir do dia 23 de abril os seguintes grupos: grávidas em qualquer idade gestacional, inclusive as que tiveram bebê até 45 dias antes; adultos com mais de 60 anos; crianças entre seis meses de idade e cinco anos; população indígena; trabalhadores de saúde; professores das redes pública e privada; pessoas privadas de liberdade e funcionários do sistema prisional, além de portadores de doenças crônicas não transmissíveis.

No período de vacinação promovido pelo Governo Federal, cuja extensão vai até o dia 1º de junho, a expectativa é vacinar até 2,2 milhões de pessoas só no Estado do Ceará. Para atingir esse público-alvo, o Ministério da Saúde irá disponibilizar 2,5 milhões de doses, que atuam não só contra a H1N1, mas também a H3N2 e influenza B.

A transmissão do vírus influenza se dá por meio de contato com secreções das vias respiratórias de uma pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar; ou por meio de objetos infectados em contato com mucosas.

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