Férias intensificam fluxo no Mercado dos Peixes

Contando com 49 boxes para venda de peixes e frutos do mar, espaço recebe centenas de pessoas diariamente

Escrito por Nícolas Paulino - Repórter ,
Legenda: No fim de semana, o espaço é disputado pelos fortalezenses, já durante a semana, são os turistas que fazem a festa no lugar, segundo os garçons
Foto: FOTO: THIAGO GADELHA

Vista paradisíaca das jangadas flutuando na orla de Fortaleza, maresia que ameniza o calor da Capital cearense e a oportunidade de desfrutar iguarias do mar: mais de dois anos depois da inauguração, em março de 2016, o Mercado dos Peixes do Mucuripe caiu no gosto do público e se tornou um dos pontos mais frequentados da Avenida Beira-Mar - inclusive neste mês, durante o período das férias de julho.

Tradicionalmente conhecido pela venda de pescados frescos, o equipamento de lazer conta com 45 boxes para venda de peixes e frutos do mar e mais quatro para frituras, além de blocos de administração, estacionamento e banheiros. O local também é acessível para pessoas com deficiência, dispondo de rampas, piso tátil e banheiro adaptado.

Momentâneo, o pôr do sol é uma atração à parte para os clientes, que concorrem pela melhor selfie. O registro quase obrigatório foi capturado pelos turistas pernambucanos Talita Camelo e Bruno Alison, acompanhados do filho Artur. Pela primeira vez em Fortaleza, eles receberam indicações para a visita ao Mercado, que comparam ao centenário restaurante de frutos do mar Casa de Banhos, em Recife, fechado em 2016.

"Falaram muito bem desse lugar para comer um bom camarão e ver o pôr do sol. Muito bom", reconhece Talita. Questionada sobre a qualidade do atendimento, reclamação de outros fregueses, responde: "É natural que demore um pouco porque é muito disputado, mas a gente é bem servido", defende.

A tranquilidade do espaço é elogiada pela professora fortalezense Karine Alencar, usuária assídua do equipamento, sempre com a família. "É maravilhoso. É muito bonito. Sempre trago minha filha para ver o mar", diz.

Movimento

Na tarde deste domingo (8), praticamente todas as mesas do Mercado estavam ocupadas pela algazarra de centenas de pessoas, a maioria reunida ao redor de uma bandeja de camarões ao alho ou de peixe frito. Casa cheia é sinônimo de mais trabalho para o garçom Flávio Márcio, 31, que já notou o aumento no fluxo desde o início do mês.

"Na semana, vem mais turista, no almoço ou de tarde para noite. No fim de semana, é mais gente daqui", nota, pois passou a ganhar "uma comissãozinha a mais". Outro que tenta conquistar os transeuntes é o comerciante João Paulo Costa, para quem "pargo, lagosta e camarão pequeno" são os produtos que mais saem da geladeira - 70% para turistas. "Eu faço promoção e isso tem dado certo", sorri. Se o movimento nos corredores não para, nas cozinhas, não poderia ser diferente. Mesmo com tanto trabalho, não faltou tempo para a cozinheira dançar enquanto manuseava frigideiras de óleo fervente. Cena de um fim de tarde embalada por um sanfoneiro solitário, de pé sobre uma jangada, dentro do mar de Iracema.

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