Febre amarela: fígado pode ser comprometido

Escrito por Redação ,

Conforme explica o Ministério da Saúde, "a febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido por mosquitos vetores em áreas rurais (silvestre) ou urbanas, não havendo transmissão direta de pessoa a pessoa". Os primeiros sintomas da virose são febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos, sentidos por cerca de três dias. Na forma mais grave e rara da doença, o paciente pode apresentar icterícias (olhos e pele amarelados), hemorragias, cansaço intenso e até insuficiências dos rins e também do fígado.

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Neste último caso, os pacientes podem ser submetidos a transplantes, como já ocorreu nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Dos 21 transplantados, apenas nove sobreviveram. "Ainda não se sabe realmente a eficiência do transplante na falência do fígado pela febre amarela, já que a doença pode atacar outras áreas, como pâncreas e cérebro. No Ceará, felizmente, ninguém foi transplantado por esta razão", explica o chefe do setor de transplantes hepáticos do Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), Huygens Garcia.

De acordo com a Sesa, foram realizados 201 transplantes de fígado no Ceará, em 2017. Já neste ano, até março, foram registrados 20 procedimentos. Ao contrário dos transplantes hepáticos motivados pela febre amarela, em que a chance de sobrevida é de aproximadamente 43%, como salienta Garcia, o percentual de sucesso nos procedimentos por cirrose, hepatites ou doenças autoimunes é de 90%.

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