Exame ganha nova fase no CE

Escrito por Redação ,
A partir de 2013, será habilitado, no Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), a fibrose cística na triagem neonatal de doenças genéticas e/ou congênitas. Portanto, por meio do teste do pezinho, será possível detectar informações sobre a incidência dessa doença em bebês. A fibrose cística é uma enfermidade hereditária que afeta todo o organismo, causando deficiências progressivas e, frequentemente, levando à morte prematura. Ela é referente à formação de cistos no interior do pâncreas.

Laboratório Central de Saúde Pública será habilitado para realizar a fase III do teste FOTO: THIAGO GASPAR (27/10/2010)

O Programa Estadual de Triagem Neonatal já executa os exames das fases I e II do teste do pezinho, que identificam fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito e doença falciforme, ou seja, doenças que podem afetar o cérebro e levar à deficiência mental, assim como deficiência parcial ou total dos hormônios da glândula tireóide e doenças pulmonar res.

Análise

A médica e coordenadora do Grupo Técnico de Saúde da criança e aleitamento materno, do Governo do Estado, Diva Fernandes, explica que, a partir das gotinhas de sangue tiradas do pé da criança, é possível detectar algumas doenças que precisam de tratamento o mais rápido possível para que sequelas no futuro sejam evitadas. "Em resumo, o teste é importante porque evita a progressão de doenças", pontua a profissional.

O teste deve ser realizado do 3º ao 5º dia de vida do recém-nascido, inclusive aqueles que estão na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Caso detectada alguma doença, a primeira consulta deve ser entre o 10º ao 15º dia de vida. "É uma informação fundamental que as mães precisam ter ainda no pré-natal visando a total saúde do bebê", diz a médica.

No Ceará, a cobertura em triagem neonatal pelo Sistema Único de Saúde (SUS) subiu, de 66% em 2004, para 82%, em 2011, ou seja, um aumento acima de 105 mil recém-nascidos.
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