Estilo de vida saudável traz longevidade

A população acima de 60 anos diminuiu em Fortaleza, mas hábitos saudáveis aumentaram a expectativa de vida

Escrito por Redação ,
Legenda: A prática de atividades físicas traz força muscular, aumenta a capacidade cardiorrespiratória e a flexibilidade, de acordo com Carlos Alberto Silva, coordenador do projeto Saúde em Movimento e professor de Educação Física da UFC
Foto: Foto: Thiago Gadelha

“Toda atividade, todo exercício acaba sendo bom. Eu faço desde sempre, e hoje não tenho nada, nenhum problema de saúde”, orgulha-se Luiz Gonzaga da Silva, engenheiro agrônomo aposentado. O idoso esconde sua idade exata, mas admite que o estilo de vida ativo só trouxe benefícios com o passar do tempo.

Paralelamente aos bons hábitos adotados por pessoas acima de 60 anos, que contribuem para a longevidade, a população idosa de Fortaleza sofreu uma redução entre 2016 e o ano passado.

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Dados registrados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, de 13,5% em 2016, os mais velhos passaram a representar 12,9% da população fortalezense em 2017. A tendência contraria o que foi observado no País, que, de um ano para o outro, elevou a porcentagem de idosos de 14,4% para 14,6%.

Ainda na Capital, o número de habitantes com idade entre 50 e 59 anos também diminuiu, diferentemente do que ocorre em nível nacional. Ao todo, a população brasileira já conta com 30.275 milhões de idosos. Desde 2012, a população acima de 60 anos já cresceu 18,7%.

Mesmo tendo como objetivo melhorar a aptidão física e promover a interação social e o desenvolvimento mental de pessoas acima de 40 anos de idade, o projeto Saúde em Movimento é composto, em sua maioria, por pessoas idosas. São oferecidas aulas de musculação, ginástica localizada, hidroginástica, caminhada e corrida, além de atividades recreativas, no Instituto de Educação Física e Esportes da Universidade Federal do Ceará (IEFES-UFC). A iniciativa já existe desde março de 2011.

“De maneira geral, eles ganham mais força muscular, capacidade cardiorrespiratória e flexibilidade”, relata Carlos Alberto Silva, coordenador do projeto e professor de Educação Física da UFC. Segundo ele, outras variáveis para a saúde são trabalhadas. “Nós fazemos mensalmente, ao longo do ano, palestras com pessoas da área da saúde para falar sobre cuidados, por exemplo, como quedas, que são um grande risco para idosos”, explica. “Já vieram nutricionistas e enfermeiros para abordar diferentes assuntos, também”.

O projeto também volta a atenção para a saúde mental, estimulando conversas e interações em grupos. “Todos as ações voltadas para a saúde estimulam a vontade de viver, e isso aumenta a longevidade”, diz.

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