Edson Queiroz e família são homenageados em Missa

A celebração ocorreu no Município de Cascavel, lembrando os 36 anos de desaparecimento do empresário cearense

Escrito por Redação ,

O caminho de 62 Km saindo de Fortaleza a Cascavel é marcado por estradas tortuosas, muita vegetação e uma série de residências que, com o passar do tempo, parecem se mesclar com o passado. Ali mesmo, na cidade em que nasceu Edson Queiroz, a estátua do Industrial já denota a importância do empresário para a região e a capacidade de torná-la um dos marcos do Estado. A casa em que a família do empresário viveu em Cascavel hoje faz-se lar para mais de mil crianças em busca de aprender, ensinar e decidir – com um caderno aberto e um lápis com borracha na ponta – uma parte do futuro que ainda não chegou. Lá, na Rua Tabelião José Marcos de Castro, os afagos foram maiores que a própria vontade e se transformaram na Escolinha Abraço Fraterno.

É a partir dela, inclusive, que é comemorado o 36º aniversário de desaparecimento do industrial Edson Queiroz, que deixou a Terra para habitar as memórias e os pensamentos de uma cidade marcada pelo seu potencial de empreendedor. No anexo da Escolinha – situado à entrada da Estrada do Coaçu – vermelho e amarelo dão o tom das cores do Centro Cultural e Esportivo Sérgio Moura. 

Na tarde dessa sexta-feira (8) foi celebrada a Missa de desaparecimento do empresário, e em memória da sua esposa Yolanda Queiroz e do filho, Chanceler Airton Queiroz.

Desde o princípio, as 12 vozes infantis que compõem o Coral da Escolinha Abraço Fraterno entoaram pelos ventos da cidade cânticos religiosos em alusão à celebração. Além disso, os ritos litúrgicos, o salmo responsorial e a oferta também foram realizados pelas crianças.

Agradecimento

De acordo com o diretor da Escolinha Abraço Fraterno, Odilo Maia Moura, nunca houve empecilhos para a realização da Missa. “Essa celebração, nós não temos dificuldade nenhuma, é o povo que quer, são as crianças que querem. A gente faz essas crianças crescerem já sabendo quem era Edson Queiroz”, explica o gestor. Odilo Maia ainda lembra do período em que trabalhou com o industrial quando foi construída na região uma das marcas do Grupo. “Ele era um irmão da gente; ele não era patrão de ninguém. Eu trabalhei com ele na Cascaju, sempre com 1.500 pessoas, todo mundo queria bem ao Edson Queiroz. Ele era um homem diferente de todos e queria mais empresas instaladas em Cascavel”.

Segundo o conselheiro do Grupo Edson Queiroz, Chico Alves, a Comunidade de Cascavel sempre compareceu em celebrações que lembrassem o seu “filho ilustre”. “O pessoal dá uma importância muito grande por ele sempre ter sido uma pessoa que investiu na região e sempre reconheceu a terra dele”, disse. Para Chico Alves, a Missa é um momento de agradecimento e de reconhecimento pela importância do empresário na região.

Celebração

O ato religioso foi celebrado pelo padre Daniel Muniz, da paróquia Imaculada Conceição de Cascavel. Assistindo à celebração, membros da família de Edson Queiroz, empresários, políticos da região, moradores e crianças fizeram do fim da tarde um momento de oração. “Para nós, é um momento de juntar a comunidade, as crianças, o povo de Deus para celebrar antes de tudo a vida, e em seguida celebrar a memória daqueles que partiram que ainda deixam saudade no meio das famílias”, disse o pároco Daniel, ao ressaltar que a Missa oferecida à memória do empresário é de agradecimento. 

História

Edson Queiroz nasceu em 12 de abril de 1925. Vinte anos depois, casou-se com dona Yolanda, que esteve à frente do Grupo Edson Queiroz até 2016 – o industrial a considerava corresponsável por todos os empreendimentos realizados. Em 1951, ele investiu naquele que seria seu primeiro grande empreendimento, o ramo de gás engarrafado. Vendeu para o pai sua parte na sociedade Genésio Queiroz & Cia., reuniu o capital acumulado em negócios próprios e adquiriu a empresa Ceará Gás Butano. 

Em março de 1971, criou a Fundação Edson Queiroz, uma entidade de direito privado sem fins lucrativos com objetivo de incentivar a educação. Antes disso, o empresário adquiriu a Rádio Verdes Mares AM (1962), e pouco tempo depois, outras empresas de comunicação se juntaram à rádio, como a TV Verdes Mares (1970); a Rádio Verdes Mares FM (1975); e o Diário do Nordeste (1981).

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