Doenças atingem 18 mil pacientes na Capital cearense

Escrito por Redação ,
Legenda: As chuvas, neste ano, teriam facilitado a eclosão de ovos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya
Foto: Foto: Reuters

Em Fortaleza, os casos de chikungunya e dengue registram aumento mensal, conforme o boletim 21ª Semana Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Ao todo, a Pasta contabilizou 21.480 casos suspeitos de chikungunya, sendo 877 de residentes em outros municípios e 20.603 na Capital. Dos que vivem nas seis regionais e no Centro, 12.770 (62%) foram confirmados, 1.125 (5,5%) descartados e 6.708 (32,6%) ainda estão sendo investigados.

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Em 2017, já foram notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), 61 óbitos suspeitos de chikungunya, 11 deles já confirmados (1 em janeiro e 10 em abril) e 50 estão sendo investigados. Chama a atenção a alta proporção de 35 óbitos na faixa etária de maiores de 70 anos, representando 70% do total.

Já sobre a dengue, os registros no Sinan Online mostram que até a 21ª Semana Epidemiológica (SE) deste ano foram notificadas 15.507 suspeitas da doença, sendo 14.604 de residentes em Fortaleza e 903 de outros municípios. Dos residentes em Fortaleza, 6.222 (42,6%) notificações foram confirmadas, 5.171 (35,4%) descartadas, 2.248 (15,4%) estão sendo investigadas e 963 (6,6%) são inconclusivas. No tocante ao critério de confirmação, 97,3% (6.059) foram confirmados por critério clínico epidemiológico e 2,7% (163) por laboratório. Até a 21ª semana de 2017 foram registrados 22 óbitos suspeitos de dengue, (7 pacientes com idade superior a 60 anos). Um óbito já foi confirmado e 21 estão sendo investigados. A taxa de incidência da doença no Município, de janeiro até a última semana epidemiológica, é de 240,7 casos por 100 mil habitantes.

Tendência

Segundo o gerente da célula de Vigilância Ambiental e de Riscos Biológicos da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Nélio Morais, desde o ano passado, a Capital vem sendo a cidade onde a enfermidade está na forma mais ativa. "Os estados vizinhos já passaram por duas ondas epidêmicas, mesmo com a chikungunya não tendo uma série histórica. Este ano seria uma segunda onda no Ceará pelo o que observamos da doença".

Para Morais, quando se fala em chikungunya tudo é prematuro, diferente da dengue que tem 30 anos. "A tendência é ter picos a cada ano. Ela (doença) vem de um processo territorial muito típico. Quando chegou em Pernambuco não tínhamos dúvidas da entrada no Ceará devido a relação de comércio e turismo entre as cidades".

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