Comunicado: Indicações para todos os campos

Escrito por Redação ,

A robusta votação que garantiu a reeleição ao governador Camilo Santana (PT) não serve de referência apenas ao vitorioso - e para aliados, claro. Deve servir também para que os adversários repensem posturas e estratégias. Ter diante de si tão larga diferença de votos é um poderoso sinal de alerta de que algo foi, ou está sendo, mal arranjado. E deve ser encarado como um jogo que começa do zero o confronto em segundo turno para a Presidência da República. Ou como uma nova disputa, outra campanha de caça aos votos. Os candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) atravessaram, com virtudes e defeitos, a fronteira eleitoral. E, mais uma vez, cabe ao eleitor analisar propostas e conteúdos, posturas e expectativas apresentadas pelos postulantes. Não se deixar levar pelo ódio e verificar retóricas e intenções, enfim. Afinal, há um componente de maturidade política que precisa necessariamente ser estabelecido pelo cidadão - ainda que a despeito de um certo tipo de orientação que algumas siglas sugerem. O que vale, no fim das contas, são a consciência e a responsabilidade com um conceito inescapável: o do futuro.

Deu ruim

Os quatro cearenses selecionados pela articulação nacional de direita RenovaBR para frequentarem cursos de orientação política resultaram em grossas frustrações para os tutores. Mayra Pinheiro (PSDB), Fredy Menezes (Novo), Ítalo Alves (PPS) e Júnior Gonçalves (Rede), mesmo espalhados por siglas diversas, podem ter se revelado bons organizadores de passeatas, mas nas urnas não deram nem para o cheiro.

Avaliação

É do deputado Roberto Mesquita (Pros) uma boa avaliação sobre alternativas para o combate à pobreza. Pode parecer óbvio no campo das propostas de gestão, mas cabe registro: "É necessário estimular todos que produzem e ajudar os menos favorecidos a se desenvolverem". Mesquita não quis tentar a reeleição.

Tá fraco

Não foi das mais felizes a afirmação de que a Justiça Eleitoral "está aprendendo a lidar com fake news". Admitida pela própria presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, a fragilidade do Poder ganhou mais nitidez com a avalanche de notícias falsas denunciada ontem - que foi um dia de exercício da democracia - não só no Ceará, mas também em outros estados.

Outra linha

De qualquer modo, há um ganho. É que, mesmo sob artilharia pesada de usinas de notícias falsas, as urnas eletrônicas deram prova de que resistem como tecnologia e de que estão blindadas contra campanhas insidiosas.

Lado A

Vira e mexe o Mercado Central, em Fortaleza, atrai as atenções da Câmara de vereadores, né? Pois bem: uma audiência pública, requerida pelo vereador Acrísio Sena (PT), deve tratar dos problemas enfrentados pelos permissionários. O foco é o comércio desordenado da Rua José Avelino. Há aí um conteúdo político relevante para a cidade.

Lado B

E Acrísio sabe direitinho com o que está lidando. É dele a lei municipal que considera o Mercado Central como equipamento turístico. Por meio desse dispositivo, os permissionários podem abrir os boxes em feriados em que o comércio é fechado, mas que deixam a cidade cheinha assim de consumidores.

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