Capital mantém padrão de economia de água

O consumo de água em Fortaleza e Região Metropolitana no primeiro trimestre foi o menor desde 2014

Escrito por Redação ,

Após quatro meses desde a última divulgação de dados da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) referentes à economia de água, foi possível atestar uma linearidade no comportamento de consumo da população de Fortaleza e Região Metropolitana (RMF). Conforme o balanço mais recente, durante os meses de janeiro, fevereiro e março de 2018, a região consumiu, respectivamente, 11,60, 10,85 e 10,53 metros cúbicos de água por segundo.

Em comparação a igual período do ano passado, o volume de água dispensado na Capital e na RMF manteve um padrão: no primeiro trimestre de 2017, foi registrado o consumo de 11,32, 10,93 e 10,48 m³/s, respectivamente. "Tudo muito parecido", como descreveu o superintendente comercial da Cagece, Agostinho Moreira.

"Nestes meses de 2018, tivemos entre 20 e 21% de redução de consumo. Foi o menor consumo desde 2014, que teve 13,28% de redução, e foi a maior redução. Em 2017 as pessoas consumiram menos água, e essa situação se manteve, mostrando que o objetivo de incentivar a economia de água foi cumprido", afirma Agostinho Moreira.

De acordo com dados da Companhia, 75% da população da Região Metropolitana de Fortaleza consumiu dentro da meta estabelecida pela Cagece, contribuindo para a economia de água durante o primeiro trimestre do ano. Os 25% restantes, porém, tiveram de arcar com a tarifa de contingência.

Plano

Em agosto de 2016, a meta de redução de consumo foi aumentada de 10% para 20%. A mudança integrou as ações estratégicas apresentadas pelo Governo do Estado no Plano de Segurança Hídrica da RMF, com o objetivo de reduzir o consumo de água do sistema integrado de abastecimento até a quadra chuvosa e evitar o racionamento.

Do total aproximado de 1,1 milhão de habitantes da RMF, 224.695 pessoas pagaram o valor da tarifa. De dezembro de 2015, período em que o valor foi instituído, até março de 2018, foi arrecadado o valor bruto de R$ 195 milhões.

A quantia é destinada exclusivamente às ações de combate à escassez hídrica e ao desperdício de água, segundo o superintendente comercial da Companhia. "Esses projetos devem necessariamente ser aprovados pelas agências reguladoras. O comitê interno da Cagece analisa as propostas e, então, as agências reguladoras autorizam. A nossa expectativa é de utilizar mais de 100 milhões de reais desse total", revela. Atualmente, a empresa conta com ações implementadas e em andamento.

Alerta

Em novembro de 2017, um aumento aproximado de 8,15% no volume médio de água consumida foi notado na Região Metropolitana de Fortaleza, gerando um alerta pela Cagece e outros órgãos do Grupo de Contingência do Estado quanto à necessidade de economizar.

Segundo Agostinho Moreira, a mudança drástica entre o fim do ano passado e o início de 2018 pode ser explicada pela sazonalidade. "O período do fim do ano é a época mais quente, com demanda maior de utilização de água, contribuindo para esse aumento. Com as chuvas do início do ano, reduz naturalmente o consumo. E a população respondeu positivamente", afirma. (Colaborou Barbara Câmara)

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