Campanha musical busca ajudar Desafio Jovem

Escrito por Redação ,

Há 41 anos, o médico Silas Munguba, falecido em 2009 e eternizado como nome de avenida em Fortaleza, criou a Organização Não Governamental (ONG) Desafio Jovem. O intuito era ajudar adolescentes da mesma faixa etária com a qual ele lutara durante a Segunda Grande Guerra. A instituição, hoje, realiza cerca de 250 atendimentos por mês a usuários, dependentes químicos e familiares.

Desde 1977 a ONG acolhe quem chega com um time de profissionais qualificados e devidamente contratados. Já teve parceria com o Governo do Estado e até mesmo Federal. Atualmente, muitos ajudam mas os problemas financeiros são um fato. O pleno funcionamento do equipamento só se dá com, em média, R$ 60 mil mensais. O apurado normalmente, por meio de doadores fixos via serviço de telemarketing, chega a R$ 20 mil.

Problemas

"A gente até recebe muitas doações. Lojas e empresários que atuam nos arredores da nossa sede sempre ajudam. Mas não tem como pagar os funcionários com cesta básica todo mês, eles têm contas para pagar e filhos para criar", desabafa a presidente da ONG e filha de Silas, Cristina Munguba.

Os funcionários são uma assistente social e nove agentes terapêuticos, além de um orientador cristão. São voluntários uma psicóloga e professores de inglês, de história e de educação física. A maior falta é de um profissional de Terapia Ocupacional. O número de agentes também precisa melhorar pois, com um a cada turno, possibilita que somente dez pessoas permanecam internadas na residência oferecida.

O outro serviço da ONG é acolher os usuários em um ambulatório. Reuniões são realizadas em dias de quarta-feira e sexta-feira. Às quartas, ex internos se encontram para compartilharem o bem-estar que conquistaram; às sextas, candidatos à internação no equipamento são os esperados.

Outro empecilho apontado pela presidente da ONG é o fato de que a sociedade, em geral, ainda resiste em ajudar dependentes químicos. "Às vezes até vem alguém que sofreu, de alguma forma, um assalto, ou algo assim, e ajuda. Mas em geral ainda sentimos que se nosso perfil de cuidado fosse outro, seria mais fácil. Se a colaboração fosse maior, sobretudo financeira, podíamos aumentar nosso trabalho", complementa.

Musicoterapia

Autossustentabilidade é o próximo passo da instituição, para, assim, gerar uma renda que sirva para pagar os trabalhadores envolvidos e sair do vermelho. "Uma bênção", é como Cristina define a Campanha Solidária do Grande Prêmio Verdes Mares de Propaganda, que ajuda a arrecadar fundos para a ONG desde junho deste ano.

O Prêmio analisou projetos de dez agências finalistas no concurso. A vencedora, Bolero Comunicação, teve sua campanha "Musicoterapia" divulgada por três meses nos veículos de comunicação do Sistema Verdes Mares. "A gente interpretou que a campanha tinha que gerar fonte de renda à ONG. E por nossas pesquisas, percebemos que a música ativa no cérebro a mesma sensação que as drogas, no mesmo local. Pensamos na música como uma ferramenta para levar fé e força para os residentes", avalia o diretor de Brand Contact da Bolero, Thomaz Costa.

O Musicoterapia oferece a verba da venda de gifts cards, que custam R$ 5,00, à instituição. Mais de 20 artistas dos mais variados gêneros musicais aceitaram dedicar uma música ao projeto. "Antes de ouvir a música, a pessoa que comprar vai ouvir o cantor fazer um oferecimento, a um dependente, a quem está em Depressão, dirigindo uma mensagem de ânimo e força", completa Cristina.

Saiba mais

Projeto Musicoterapia

Renda beneficente à ONG Desafio Jovem

Apoio do Sistema Verdes Mares

Além dos cartões, camisas, bottons e cartazes foram confeccionados pela Bolero e estão à venda nos stands da Musicoterapia, nos shoppings Del Paseo, Iguatemi e RioMar Fortaleza

Período:

Junho a setembro de 2018

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