Vovô confia em retrospecto contra 'G-10' para superar 3 fortes rivais

Com 30% dos pontos com o técnico Lisca diante dos times da parte de cima da tabela do Brasileirão, Ceará espera ir bem contra Palmeiras, Cruzeiro e Atlético/MG, e deixar a zona de rebaixamento

Os próximos 3 jogos do Ceará na Série A do Campeonato Brasileiro serão contra equipes da parte de cima da tabela, o chamado G-10: Palmeiras (líder, no domingo, 21, às 16h, no Pacaembu), Cruzeiro (10º colocado, no dia 24, no Mineirão) e Atlético/MG (6º, no dia 29, no Castelão). Uma sequência difícil que poderia deixar qualquer torcedor desconfiado, ou menos otimista, já que na última segunda-feira, o Vovô só empatou com o Botafogo em 0 a 0 no Castelão pela 29ª rodada e não saiu do Z-4.

Mas o retrospecto do técnico Lisca contra times da parte de cima é positivo: dos 28 pontos conquistados pelo Alvinegro desde a chegada do treinador, 9 pontos, ou seja (30%), foram contra times que disputam o título, lutam por vaga na Libertadores no ano que vem, ou no caso do Cruzeiro, no G-10 e campeão da Copa do Brasil na última quarta-feira.

Com Lisca, o Vovô venceu duas (Fluminense no PV e Flamengo no Maracanã), empatou três (Palmeiras no Castelão, Atlético/PR no PV e Santos no PV) e perdeu três (Internacional no Beira-Rio, São Paulo no Morumbi e Grêmio na Arena gremista). O detalhe é que até nas 3 derrotas citadas, o time de Lisca fez boas partidas, perdendo por apenas um gol de diferença e poderia ter saído com um resultado melhor.

Bem melhor

O aproveitamento do Ceará contra o G-10 quintuplicou em comparação ao desempenho antes dele. Com Chamusca ou Jorginho, técnicos anteriores, o Vovô fez 5 jogos com as equipes da parte de cima da tabela e conquistou apenas um ponto, no empate contra o São Paulo, equivalendo a um aproveitamento de apenas 6%. No mais, só derrotas para Santos, Flamengo, Grêmio, Cruzeiro.

O lateral-direito Samuel Xavier vê com bons olhos enfrentar as equipes da parte de cima da tabela, considerando melhor para o Ceará pelos espaços proporcionados para jogar por elas.

"Enfrentar equipes que estão na zona de rebaixamento ou perto, são muito complicados. Os times jogam muito fechados. O Botafogo jogou assim, a Chapecoense também e dificultou muito. Para mim, é melhor agora enfrentar Palmeiras, Flamengo, Atlético/MG, equipes que estão na frente, pois elas querem os três pontos e saem para o jogo. Isso pode ajudar a gente contra-atacar e surpreendê-los".

O volante Pedro Ken prefere pensar na atuação da equipe ao invés da colocação do adversário. "Independentemente de jogar contra times da parte de cima da tabela ou não, o que nos dá confiança é o futebol que a gente vem jogando. Todo jogo é pedreira".