Um ano inesquecível para o Fortaleza

Tom Barros

Quando no futuro as atuais gerações de tricolores um dia olharem para trás, certamente lembrarão com lágrimas nos olhos a fantástica história que o Fortaleza edificou neste 2018, ano de seu centenário. Ano em que o time ergueu-se grandioso, imponente, deixando para trás decepções e amarguras. Nem mesmo o melhor autor de novelas globais poderia imaginar enredo tão fascinante assim. Nem mesmo o melhor roteirista dos cinemas de Hollywood poderia imaginar um final tão completo e feliz. A rigor, mais que o jogo foi a contemplação. O jogo praticamente ficou em segundo plano. Foi parte secundária de uma festa maior. Predominou a despedida de um time vitorioso diante de sua vitoriosa torcida. No retorno para casa, ao final do espetáculo, cada torcedor a conduzir as melhores recordações. O centenário deixou como legado o maior feito da história tricolor em todos os tempos. Deixou o gosto de querer mais, como se a torcida desejasse continuar ali para sempre. A festa terminou. E terminou linda, em branco, azul e vermelho. Agora é mirar os futuros desafios. 2018 foi mesmo um ano inesquecível para a torcida tricolor.

Times médios

O Ceará foi derrotado por dois times médios: Sport e Bahia. Na minha avaliação, o Ceará traria pelo menos dois pontos, fruto de dois empates. Poderia também trazer três pontos: uma vitória e uma derrota. Nada deu certo. As duas derrotas trouxeram de volta sobressaltos, incertezas, angústias. Agora, até o último jogo diante do Vasco, será um rosário de interrogações, de cálculos, de tormento.

Na luta

Enquanto depender apenas de si, claro que o Vozão vai à luta. Quem já operou verdadeiros milagres na atual Série A, jamais poderá enfraquecer o espírito nesta reta final de certame. Estará fora de propósito uma vitória sobre o Fluminense no Maracanã? Claro que não. Os adversários também estão cheios de senões.

Substitutos

O Ceará está pagando caro por não ter substitutos à altura. Juninho Quixadá quebrou e não há nenhum reserva com a qualidade do seu futebol. E os jogadores que estão à disposição como Felipe Azevedo, Pedro Ken, Arnaldo, Eder Luís, dentre outros, não estão no ritmo ideal.

Há quem ESTEJA imaginando que o Paraná, porque lanterna e rebaixado, será fácil para o Ceará no Castelão. Ledo engano. O Paraná, agora sem possibilidades de sair da zona maldita, está dando oportunidade a jovens valores. Os meninos estão entrando para valer, querendo mostrar serviço. Então, cuidado com o Paraná. Além disse há malas pretas circulando no Brasil.

As dúvidaS SOBRE A participação do Guarany de Sobral e do Guarani de Juazeiro no Campeonato Cearense 2018 estão gerando enorme apreensão. Tiraria Sobral, notável polo de desenvolvimento do Estado, e deixaria pela metade a presença do futebol de Juazeiro do Norte, outro polo de desenvolvimento. Pelo visto, cada vez mais inviável o certame estadual.