Spartak Moscou chama brasileiros de 'chocolate' em vídeo e é acusado de racismo

O time russo já se envolveu em episódios de racismo contra o goleiro Guilherme (brasileiro naturalizado russo), e o senegalês Sadio Mané

O Spartak Moscou publicou neste sábado um vídeo em sua página no Twitter em que mostrava jogadores brasileiros se aquecendo, antes do treinamento, e com a mensagem: "Vejam como chocolate derrete no sol". A postagem criou polêmica e fez o clube russo ser acusado de racismo por muitos torcedores.

Os brasileiros da imagem são Luiz Adriano, Pedro Rocha e Fernando. Após a repercussão negativa das imagens, o Spartak apagou o vídeo de suas redes sociais e postou um outro em que o volante Fernando diz que não houve racismo por parte dos russos.

"No Spartak, não tem racismo. Somos uma família unida", disse o brasileiro, em russo. Nas imagens, os brasileiros parecem não se incomodar com a brincadeira e chegam a dar risada quando ouvem as palavras de quem está gravando. Mas os internautas não reagiram da mesma forma. Muitos torcedores pediram punição ao clube e lembraram que o país vai receber a Copa do Mundo neste ano.

No ano passado, o Spartak também esteve envolvido em polêmica sobre racismo por pelo menos outras duas vezes. Na decisão da Supercopa da Rússia, o goleiro brasileiro naturalizado russo Guilherme, do Lokomotiv, também foi vítima da torcida do clube, que cantou para ele: "Banana, banana mama. Para que diabos a seleção russa precisa de um macaco?".

Em setembro, a torcida do clube russo ofendeu o senegalês Sadio Mané fazendo sons de macaco sempre que ele tocava na bola, na partida contra o Liverpool, pela Liga dos Campeões.