Marcelo marca, e Real abre vantagem sobre o Bayern com vitória em Munique

Vitória fora de casa deixa o atual bicampeão europeu em situação mais confortável no confronto

Em jogo marcado pelo protagonismo de brasileiros, o Real Madrid derrubou o Bayern de Munique na Allianz Arena e abriu vantagem na semifinal da Liga dos Campeões, nesta quarta-feira. O time espanhol venceu por 2 a 1 em dia de herói e vilão de Marcelo. O lateral marcou um dos gols do Real, mas falhou no do rival, que ainda sofreu com vacilo de Rafinha. 
 
A vitória fora de casa deixa o atual bicampeão europeu em situação mais confortável no confronto. Garantirá a vaga na final mesmo se perder por 1 a 0 na partida da volta, na próxima terça-feira, no Santiago Bernabéu. Já o Bayern terá que reverter o placar e ainda lutar contra as lesões no elenco.
 
No primeiro tempo desta quarta, o time da casa perdeu Arjen Robben e Jerome Boateng, ampliando uma recheada lista de desfalques. Mesmo jogando melhor na etapa inicial, não conseguiu abrir vantagem em razão das seguidas chances desperdiçadas pelo seu ataque. Para piorar, levou a virada no segundo tempo, após falha de Rafinha, que gerou contra-ataque mortal do Real.
 
Já o time espanhol buscou a vitória mesmo num dia inoperante de Cristiano Ronaldo. Apagado no jogo e sem balançar as redes, o atacante teve encerrada a série de 11 jogos com gols na Liga dos Campeões - ele havia marcado em todas as partidas anteriores da equipe nesta edição da competição. 
 
Sem ele, o Real contou com o brilho de Marcelo, com um belo gol, e Asensio, que entrou no segundo tempo e anotou o gol da virada.
 
O JOGO - Insatisfeito com o rendimento ofensivo do Real nos últimos jogos, Zidane escalou Lucas Vázquez no lugar de Karim Benzema. Gareth Bale e Marco Asensio começaram no banco. Do lado do Bayern, Jupp Heynckes iniciou a partida com James Rodríguez e Javi Martínez, deixando Thiago Alcântara de fora. O brasileiro Rafinha ganhou uma oportunidade por conta da lesão de David Alaba.
 
Mas Heynckes não imaginava que teria um primeiro tempo de baixas na equipe. Logo aos 7, precisou sacar Robben do jogo por lesão. Thiago entrou em seu lugar. Mais perto do intervalo, Boateng também se machucou e o treinador fez a segunda substituição antes dos 34 minutos de jogo.
 
Apesar das baixas, o time alemão controlou o primeiro tempo de muitas faltas e marcação forte no meio-campo e poderia ir para o intervalo com larga vantagem no marcador, dadas as chances que criou. 
 
Depois de um início de jogo acelerado, tentando impor pressão, o Bayern abriu o placar aos 27 minutos em jogada que teve início ainda em sua defesa. Kimmich recebeu longo lançamento pela direita, nas costas de Marcelo. Ele disparou, entrou na área e bateu cruzado, contando também com falha do goleiro Navas, que esperava por um cruzamento.
 
Acuado, o Real só começou a buscar o ataque com perigo a partir dos 20 minutos. Mesmo assim, pouco ameaçava o gol de Ulreich. Cristiano Ronaldo parecia que não estava em campo. Enquanto isso o Bayern buscava o ataque com toda sua força, apesar da ausência de Robben. 
 
E as chances perdidas começaram a se acumular. Aos 33, Ribéry desperdiçou chance incrível, cara a cara com o goleiro Navas. Na sequência, Hummels e Müller perderam boas oportunidades de gol. Aos 45, foi a vez de Lewandowski, em cabeçada perigosa na área. 
 
Sem aproveitar suas chances, o Bayern viu o Real exibir eficiência em uma rara investida. E o empate veio aos 43, com Marcelo ao acertar belo chute rasteiro, de fora da área. Como aconteceu no gol alemão, o lateral contou com uma ajuda do goleiro para anotar o segundo gol da partida. 
 
Para o segundo tempo, Zidane trocou o apagado Isco por Asensio. E não se arrependeu. Aos 11, Rafinha errou na saída de bola e iniciou contra-ataque fulminante do Real, que culminou em gol de Asensio. Na sequência, Zidane colocou Benzema em campo, na vaga de Carvajal, para dar ainda maior poder de fogo aos visitantes. 
 
Do outro lado, o Bayern repetia as dificuldades da etapa inicial. Desperdiçava gols em série e abusava dos erros nas finalizações. Ribéry era o símbolo do time: corria muito, organizava boas jogadas, mas pecava no momento decisivo. O Real, por sua vez, soube aproveitar os vacilos do rival para sustentar a vantagem no placar até o apito final, mesmo sem levar maior perigo no ataque nos últimos 20 minutos do duelo.