'Fortaleza está formando cidadãos, antes de atletas', diz assistente social

Clube apresenta uma profissional de assistência social, para otimizar o processo de formação de talentos da base

Para a atual diretoria do Fortaleza, não adianta apenas formar atletas, do ponto de vista técnico, mas cidadãos para o mundo. Essa é a opinião da assistente social Williana Medeiros, que há 45 dias está realizando um trabalho, juntamente com outros profissionais, como piscólogas, no sentido de melhorar as condições sociais na formação dos atletas das categorias de base

Williana foi apresentada pelo coordenador das categorias de base, Antônio Garcia. A assistente social começou falando sobre qual o papel da sua área de atuação em um clube de futebol, visto que, costumeiramente, atuam em outros setores. "O trabalho do serviço social vem como sendo uma profissão interventiva. O que ele faz dentro de um clube de futebol? Ele cuida da promoção, da prevenção e da garantia dos direitos fundamentais dos atletas. Hoje em dia já não é mais admissível uma formação estritamente técnica, é preciso pensar também na parte de desenvolvimento social, pessoal, a partir do dado que se tem que apenas 2% dos atletas da base chegam ao profissional", comentou Williana Medeiros.

Outra vertente da atuação desse profissional é para estreitar as relações entre família, atleta e clube, principalmente os que vivem alojados nos clubes. "Somos os olhos dos pais deles aqui na agremiação", continuou Williana. A Lei Pelé obriga os clubes a que os treinos sejam em horários diferentes da escola, conforme disse a assistente social, daí decorre o fato de que o Leão do Pici irá proporcionar também o acesso ao estudo, saúde e outros direitos, conforme foi dito na entrevista.

Williana relatou também, que normalmente, todos os clubes enfrentam a situação de acolherem garotos que vêm com muitos problemas familiares, que afetam no desempenho deles na atividade. Para se atingir os objetivos com a meninada, o Leão fez convênio com a UFC, Universidade Federal do Ceará, nas categorias Sub-17 e Sub-20, no qual foram levadas psicólogas da UFC com temáticas voltadas para a vida. Outros receberam projetos para a prevenção do uso de drogas, através de parcerias com a Polícia Civil.

O coordenador Antônio Garcia informou que todo esse processo de atendimento na área social dos atletas faz parte da adequação do clube para pleitear o certificado de clube formador, que determina que haja uma assistência social, entre outras áreas.

Com relação ao time profissional, o Leão retorna às atividades na tarde desta terça-feira (16), no CT Ribamar Bezerra. Após empatar com o Oeste fora de casa, o Fortaleza volta a jogar pela Série B no sábado (20), às 19 horas contra o Paysandu, pela 32ª rodada da competição. O técnico Rogério Ceni terá quase todo o elenco à disposição. O volante Derley retorna após cumprir o terceiro cartão amarelo. Estão no departamento médico o volante Igor Henrique, o goleiro Matheus Inácio e o volante Jean Patrick.