Fifa quer limitar empréstimos de jogadores e reformar janela de transferências

A entidade limitar entre 6 e 8 o número de jogadores que um mesmo clube pode emprestar a cada temporada

A Fifa planeja limitar o número de jogadores emprestados por um mesmo clube, mas também criar um mecanismo de compensação para redistribuir a indenização pela formação de atletas, em meio a uma reforma do sistema de transferências no futebol, confirmou nesta quinta-feira (13) uma fonte próxima ao caso.

De acordo com esses projetos, a Fifa contempla limitar a "entre 6 e 8" o número de jogadores que um mesmo clube pode emprestar a cada temporada. Essa medida buscaria "garantir a igualdade esportiva entre clubes" e frear um fenômeno em que algumas equipes, especialmente inglesas e italianas, contratam um grande número de atletas e os emprestam imediatamente.

Outra proposta na mesa é a criação de um mecanismo de compensação controlada por um banco, encarregado de arrecadar e pagar as indenizações pela formação aos clubes formadores de atletas após cada transferência.

A Fifa estuda também reinstaurar o exame para a obtenção da licença de agente de futebol.

A entidade confiou a uma comissão, presidida pelo canadense Victor Montagliani, o trabalho sobre estas medidas para reformar o mercado de transferências, um desejo antigo do presidente da Fifa, Gianni Infantino. Esta comissão se reunirá em 24 de setembro em Londres, na Inglaterra.

Questionada pela AFP, a Fifa lembrou que lançou "em 2017 uma revisão do sistema de transferências".

"O grupo de trabalho estuda atualmente as possíveis mudanças em diferentes setores como a regulamentação dos intermediários, o pagamento de indenização de solidariedade a clubes formadores, a rastreabilidade das indenizações de transferências, a proteção dos menores e os empréstimos", continuou a Fifa. A entidade, porém, afirmou que "nenhuma decisão foi tomada ainda".

Se algumas propostas forem aprovadas em Londres, serão submetidas em seguida ao Conselho da Fifa, cuja próxima reunião está prevista para os dias 25 e 26 de setembro em Kigali, no Ruanda.