Helena Torres nasceu no dia 14 de agosto de 2017. Veio ao mundo como um aviso, como um amuleto. "O Fortaleza vai subir mesmo porque o estádio tem o nome da menina", diziam os tios dela à mãe Monalisa Torres, referindo-se ao Estádio Helenão, onde, no dia 23 de setembro, o Leão consolidou o acesso à Série B do Brasileiro.
A menina e a mãe Monalisa Torres, torcedoras do Fortaleza, iluminaram a capa do caderno Jogada, no Centenário do clube. "Eu me senti lisonjeada", afirma a mulher, que encontrou a reportagem após a publicação. Monalisa, de 31 anos, é professora de sociologia e estava com Helena, que hoje tem 1 ano e dois meses, em um jogo do Campeonato Cearense, na Arena Castelão, quando foram eternizadas pelo fotógrafo Kid Júnior.
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O amor da mãe pelo clube surgiu da convivência com o avô, Benedito Torres. Ele nasceu no mesmo ano que o Leão, em 1918, e ajudou, segundo ela, na construção do Estádio Alcides Santos. A família inteira se deixou levar pela paixão de Benedito Torres. "Uma memória que me marca dele é a frase antes de a gente ir ao estádio: 'Vá com Deus e volte com a vitória'", conta.
A mãe comenta que Jubinha, mascote do Fortaleza, é um dos brinquedos prediletos da filha. Mesmo com algumas críticas e julgamentos, Monalisa levou a menina ao estádio com seis meses. Ela afirma que foi impulsionada pelo movimento de torcedoras do Fortaleza, que chama as mulheres ao estádio. Assim, sempre vai de carro com a pequena, chega cedo, fica em um setor mais tranquilo e se diverte em dupla. "Tem um movimento no Fortaleza que elas têm o intuito de promover a paz e incentivar a volta das mulheres com filhos. Às vezes, a gente deixa muito de fazer as coisas por conta dos filhos. Mas eu queria curtir as coisas com a filha do meu lado. Era Campeonato Cearense, não tinha tanto público. Na época, ela tinha seis meses, ainda estava mamando".
Monalisa afirma que confia no acesso do Leão à Série A, em 2018. "Esse ano vai entrar para a história", finaliza.