Após 29 anos como comentarista, Arnaldo Cezar Coelho faz despedida em amistoso do Brasil

Partida marca início da aposentadoria do ex-árbitro. Como comentarista, Arnaldo anota no currículo oito Mundiais

A parceria ao lado de Galvão Bueno durou 29 anos, com direito a bordão ("Pode isso, Arnaldo?") conhecido por torcedores de diversos lugares do Brasil. Durante a tragetória na televisão, Arnaldo Cezar Coelho se tornou referência. O fim do amistoso entre Brasil e Camarões, nesta terça-feira (20), às 16h30 (horário local), marcará também o final da carreira do ex-árbitro como comentarista da Rede Globo. Em entrevista ao jornal Extra, ele comenta o fim do ciclo.

"A vida tem etapas e objetivos. Quando parei de apitar e fui ser comentarista, era um projeto novo, um frescor. Fiquei por 29 anos e cheguei a um momento que não tenho mais meta. Então, antes que eu me torne uma pessoa relaxada na função, é hora de sair de cena", comenta. 

Na vitória da França sobre a Croácia por 4 a 2, no final da Copa do Mundo, Arnaldo pegou todos de surpresa ao anunciar a decisão de encerrar a carreira como comentarista. O plano do ex-árbitro é se dedicar à família, aos negócios e a novos projetos, deixando de lado a cansativa rotina de viagens. 

Ainda em 2018, Arnaldo participou de transmissões em jogos da Copa do Brasil. O comentarista tem contrato com a emissora até dezembro, com prorrogação por mais um, mas preferiu encerrar o acordo e se dedicar a outros projetos.

"Pretendo dar palestras, posso ter a oportunidade de fazer publicidade... Mas a intenção imediata é viajar, tirar férias" avisa.

Carreira

Arnaldo estreou na Globo em 1989. Com Galvão, cobriu oito Copas do Mundo: na Itália (1990), nos Estados Unidos (1994), na França (1998), na Coreia do Sul e Japão (2002), na Alemanha (2006), na África do Sul (2010), no Brasil (2014) e na Rússia (2018). Hoje relembra o momento mais marcante da carreira como comentarista.

"A final da Copa de 94. Quando Baggio perdeu o pênalti, a gente pulava tanto... Eu agarrei o Galvão, numa gravata, e ele gritava 'é tetra'”, abraçado ao Pelé, faltando ar (risos)", finaliza.