Amigo da família, Valdo lamenta morte de Athila, do Flamengo

Zagueiro do Ceará ligou para família do garoto e crê que dirigentes precisam ter mais atenção com base. Vítima da tragédia do Ninho do Urubu, Athila estava no Flamengo há quase um ano

Em coletiva na tarde desta sexta-feira (8), o zagueiro Valdo, do Ceará, lamentou a morte do garoto Athila Paixão, uma das vítimas do incêndio que atingiu o Ninho do Urubu, centro de treinamento do Flamengo, na zona oeste do Rio de Janeiro. Valdo é amigo da família do garoto e contou que já ligou para o pai de Athila, Damião Santos Paixão, para oferecer apoio.

"Final de semana, o moleque estava com os pais, de férias ainda. Viajou e acontece isso. No Brasil, a gente está acostumado muito a ver as tragédias acontecerem para tomar as providências. Eu liguei para o pai do garoto, ele está arrasado. Me dispus a ajudar ele com o que fosse necessário, para ajudar. Athila, aqui está a minha solidariedade para o pai dele e toda a família. Que Deus coloque ele (Athila) em um bom lugar e dê conforto à família", afirmou.

Athila Paixão, atacante de 14 anos, nasceu no Povoado Brasília, em Lagarto, Sergipe. O garoto foi revelado pela Escolinha Geração do Futuro, a mesma por onde passou o atacante Diego Costa, que atualmente joga pelo Atlético de Madrid. O garoto atuou na Copa Zico e chamou a atenção de clubes do Rio de Janeiro. Passou por uma avaliação de 10 dias no Ninho do Urubu e foi aprovado em abril de 2018.

Dez pessoas morreram em um incêndio no Centro de Treinamento do Flamengo no início da manhã desta sexta-feira (8). Seis vítimas foram identificadas até as 13h: eram atletas da base do time. O fogo destruiu parte dos alojamentos do Ninho do Urubu, em Vargem Grande, Zona Oeste do Rio. As chamas atingiram as instalações onde dormiam jogadores entre 14 e 17 anos que não residiam no Rio. A suspeita é que um curto-circuito em um ar-condicionado foi a causa do incêndio. Eram seis contêineres interligados que serviam de dormitórios. O zagueiro do Ceará comentou.

"Isso não por acaso para dirigentes e autoridades se imporem mais com relação às categorias de base. No Brasil inteiro, pessoas podem estar passando por situação precária, que podem estar passando por situação como essa de agora. Para servir de lição".


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