Nem todo ano há um Lisca de plantão

TOM BARROS

Nenhum time grande do futebol brasileiro foi rebaixado neste ano. Os chamados grandes são Flamengo, Vasco da Gama, Fluminense, Botafogo, Corinthians, São Paulo, Palmeiras, Santos, Atlético-MG, Cruzeiro, Grêmio e Internacional. São doze no total. Teoricamente, doze vagas são garantidas para eles. Restarão então quatro vagas para os demais clubes, pois quatro times cairão em 2019. Portanto, para a faixa intermediária, onde deverão estar Ceará e Fortaleza, sobrarão quatro vagas. Daí a luta pela permanência ter de começar muito cedo. Na faixa intermediária brigarão Atlético-PR, Bahia, Ceará, Chapecoense, Fortaleza, CSA, Avaí e Goiás. Esses oito clubes brigarão por quatro vagas. Começar bem o torneio é essencial. Acumula pontos para administrar, máxime na reta final. O Ceará, que fez péssima campanha no primeiro turno, sabe o quanto foi difícil correr em busca de pontos perdidos. Só milagre. Então recado dado: quem quiser evitar vexames como os experimentados neste ano pelo Ceará cuide logo de armazenar pontos a partir das primeiras rodadas. Nem todo ano há um Lisca de plantão para salvar.

Bombas

Caiu em desuso, graças a Deus, a expressão "bomba", tão explorada há alguns anos como forma de anunciar uma grande contratação. Hoje, quem seria uma contratação bombástica? Pelas circunstâncias de momento, ninguém. Boa contratação, sim. Bomba, só se fosse o Neymar.

Intercâmbio

Outro motivo que também fez diminuir o tal efeito "bomba" de uma contratação foi o intercâmbio acentuado. A intensa rotatividade fez e faz com que todos se conheçam. Há jogadores que já frequentaram quase todos os clubes do Nordeste. Velhos conhecidos. Assim mata o fator surpresa que poderia funcionar como apelo. Não raro, após o anúncio, o que se ouve é a manifestação da torcia: "De novo"!

Entressafra

Verdade é que, neste período de paralisação do futebol, há uma entediante repetição de notícias. Sem bola rolando, fica difícil um apelo maior, a não ser a liberação de dados sobre possíveis vindas de alguns atletas. Mas nada capaz de entusiasmar a torcida. Até agora, a um mês do começo do certame cearense, pouquíssimas novidades.

Pílulas

Saudosista como sou, aproveito a "bola parada" para lembranças e relembranças de gente do rádio. Como gostaria de voltar no tempo e entrar no antigo prédio da Rádio Uirapuru, na Praça Clóvis Beviláqua, onde comecei a minha vida de comunicador. O prédio está lá na esquina da Rua Clarindo de Queiroz com 24 de Maio. Bem estragado.

Nomes que conheci no citado prédio e que guardo no coração. Gente que já partiu e deixou muita saudade: José Pessoa de Araújo, Afrânio Peixoto, Edgar Costa, Alfredo Sampaio, Mena Barreto, Baman Vieira, Bonifácio de Almeida, Lúcio Sátiro, Maria da Cantina, Carlos Alberto, César Coelho, José Monteiro, Leôncio Macambira.


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