Jovem Matheus Alessandro é exemplo de superação

Atleta nascido em Padre Miguel lutou muito e vai disputar a Série A

O atacante Matheus Alessandro, de 22 anos, é um exemplo de superação para quem ganhar a vida jogando futebol. Cria da base do Fluminense, o atleta tem origem humilde, mas seu futebol despertou o interesse do técnico do Leão, Rogério Ceni, que pediu a sua contratação junto ao clube carioca.

Até chegar ao Fluminense, a vida futebolística de Matheus Alessandro dos Santos Pereira, 1,71 cm, não foi fácil.

Na apresentação do atleta, na noite de ontem, feita pelo diretor de futebol do clube, Daniel de Paula Pessoa, Matheus recordou do seu início. "Ele é uma joia de Xerém (a base do Fluminense) e possui o perfil que buscávamos", disse Daniel de Paula.

"Em 2012, foi quando tudo começou. No início do ano, eu tive uma oportunidade de fazer um teste no Flamengo, onde não consegui me firmar, porque falaram que eu era muito franzino. Então, depois daquele 'não' que eles me deram, voltei no ônibus, chorando com a minha mãe e falei que não queria mais jogar futebol. Achei muita injustiça, porque nos treinos eu estava me saindo bem e haviam me dito que eu ficaria. Ficou uma mágoa", revelou o jogador.

Se uma porta se fechou no Flamengo, outra se abriu no Fluminense, conforme relata o jogador: "Houve uma outra oportunidade na Taça das Favelas e eu era o cara mais novo. Fiz um bom campeonato até que o Tomás e o Cláudio me levaram para o Fluminense, onde fiquei até o ano passado. Agora, vou começar uma história nova no Fortaleza", disse o atleta.

Minutos

Diante do Náutico, em Recife, o atleta já teve a chance de estreia jogando durante 12 minutos no posto de Júnior Santos. Na ocasião, mostrou ser um jogador de velocidade pelas pontas, tal como jogava o atacante Marcinho, devolvido ao Internacional. "Eu não o vi jogar, mas pelo que soube, meu futebol se identifica muito com ele", comparou.

Matheus Alessandro vem por empréstimo até o fim de 2019 e vem gostando do ambiente: "O grupo aqui é todo mundo tranquilo, todo mundo respeita o outro. O professor Rogério dá uma liberdade para a gente fazer o que cada um sabe dentro de campo".