“E pela estrada que me leva a Maceió, eu descobri você, contando estrelas”. Essa canção gravada pelo Grupo Boca Livre e que faz parte da MPB povoa o imaginário dos jogadores do Fortaleza, que têm uma ideia fixa de colocar uma estrela no escudo do clube.
Mas, para chegar a incorporar esse novo elemento no brasão tricolor, o Leão precisa vencer por dois gols de diferença o CSA/AL, às 18 horas deste sábado (hora de Fortaleza), no Estádio Rei Pelé, no jogo da finalíssima da Série C do Brasileiro. No duelo de ida, na Arena Castelão, o CSA superou o Fortaleza por 2 a1. O mesmo placar, favorável ao Fortaleza, levará a decisão para as penalidades máximas. Se vencer por 2 a0, o Tricolor do Pici será o campeão, enquanto que o Azulão joga pelo empate ou derrota por um simples 1 a0.
Cálculos
Contas, apenas como artifício numérico, não é uma preocupação em si dos jogadores, mas apenas sair do estádio com o título de campeão, sob qualquer circunstância e a estrela tão almejada seria o coroamento do trabalho realizado no ano, como confessa o volante Anderson Uchôa: “Um acesso e o título não teria coisa melhor para fechar o ano, que foi muito conturbado, de muita desconfiança e nada melhor do que a gente dar esse título para o torcedor”, disse Uchôa.
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O volante acrescentou na entrevista coletiva desta sexta-feira à tarde, no CT do CRB/AL que, inicialmente o objetivo era outro no Fortaleza: “Quando eu cheguei, meu pensamento era só o acesso, mas conseguimos e agora todos nós jogadores queremos ser campeões, pois sabemos da grandeza do Fortaleza e da importância que esse titulo representa para cada um de nós”, disse ele.
Precisando marcar dois gols de diferença sobre os alagoanos, o Leão do Pici conta no ataque com Hiago, que por sinal, a última vez em que marcou gol, foi exatamente contra o CSA: “A gente tem que entrar muito concentrado, como tem acontecido nos últimos jogos. Voltar a marcar gol e em final de campeonato é muito importante e venho trabalhando para isso”, disse o jogador, que considerou essa decisão a mais importante de sua carreira até o presente momento.
Jogos fora
Na Série C de 2017, o Fortaleza venceu apenas duas partidas fora de casa, o que deixa uma interrogação no ar sobre como será o comportamento da equipe. O técnico Zago explicou os poucos resultados de vitória fora de casa: “É difícil, às vezes a gente jogar fora de casa, contra equipes bem armadas, mas já vencemos duas e vamos atrás dessa terceira. O CSA é uma equipe bem montada, que joga bem no contra-ataque, mas vamos em busca desse título inédito”, disse o treinador Antônio Carlos.
Os dois times buscam um título inédito nas suas histórias. O Fortaleza foi vice-campeão da Taça Brasil nos anos 1960 e 1968, sendo vice-campeão da Série B nos anos 2002 e 2004.
Já o CSA, foi vice-campeão da extinta Taça de Prata dos anos de 1980, 1982 e 1983 e em 2016, sagrou-se vice-campeão da Série D, perdendo para o Volta Redonda/RJ. O Estado de Alagoas já tentou títulos nacionais com o CRB e ASA na Série C, mas não conseguiu.
Retrospectos à parte, os dois times estão prontos para a decisão de hoje, sendo que Antônio Carlos Zago guardou um segredo na zaga e no ataque, ao passo que Flávio Araújo, do Azulão, entrará com sua força máxima.
A previsão é de mais de 17 mil pessoas no Rei Pelé, porém, no dizer do meia Leandro Lima: “Decisão não se joga, se ganha”.