Feras perto das ondas do Rio

Coletiva de imprensa dá início à programação oficial da etapa brasileira do Circuito Mundial de Surfe Profissional

Os principais atletas que irão competir na etapa brasileira do Circuito Mundial de Surfe Profissional atenderam a imprensa ontem para falarem da expectativa para a etapa.

Pelo oitavo ano consecutivo, o jornal Diário do Nordeste irá acompanhar de perto todos os detalhes do evento que será entre os dias 11 e 20, em Saquarema, no Rio de Janeiro, conhecida pelos surfistas de todo Brasil como o "Maracanã do Surfe".

Uma das mais requisitadas pelos jornalistas presentes à coletiva foi a atleta cearense Silvana Lima, que falou sobre o surfe feminino brasileiro e enfatizou a importância de eventos para que novos talentos possam continuar surgindo.

"O Brasil precisa de mais eventos para que as meninas continuem motivadas a dedicar suas vidas ao surfe. Tenho muitas amigas que estavam pensando em abandonar o sonho de ser surfista profissional, justamente pela escassez de eventos e consequentemente, de patrocínios. Nos últimos meses isso tem mudado um pouco. Mas, ainda falta muito", declarou Silvana.

Gabriel Medina

Gabriel Medina também se posicionou sobre o assunto e enfatizou que é um grande paradoxo o fato de o Brasil estar no topo do surfe mundial e não possuir um circuito nacional forte, a exemplo de países como EUA, Austrália e Havaí. "Eu cresci vendo o Adriano de Souza no SuperSurf (antigo e mais forte circuito nacional de surf profissional). Meu sonho era ser como ele. Além do Mineirinho, atletas como Pablo Paulino-CE, fizeram carreira no circuito brasileiro e a partir dele construíram uma vitoriosa carreira internacional. Precisamos retomar esse processo para que o surfe brasileiro continue evoluindo. Eu tento fazer a minha parte com o Instituto Gabriel Medina e o meu circuito. Mas, sei que é preciso muito mais para que as novas gerações tenham oportunidade de desenvolver todo o seu talento".

Em resposta ao Diário do Nordeste, Gabriel comentou a possibilidade de uma futura instalação do IGM no Ceará.

"Já tivemos propostas de expansão do Instituto, mas como temos apenas um ano, ainda há muito o que se estudar. Mas, sim, existe uma real possibilidade de, em um futuro próximo, o Instituto Gabriel Medina ter outras sedes, incluindo-se aí, o Ceará", concluiu Medina. ( Por George Noronha, enviado ao Rio de Janeiro)