De olho nas cifras: Vovô e Leão querem gerir Castelão

Para os dirigentes dos dois clubes, administrar o Castelão seria uma chance de gerar receita extra em 2019

Após a parceria com a Luarenas, o Governo do Estado deve gerir a Arena Castelão junto de Ceará e Fortaleza, até o fim de 2019. O Diário do Nordeste conversou com os presidentes dos dois times para que eles repercutissem a possibilidade de administrar a praça esportiva a partir de 2019.

De acordo com o presidente do Tricolor do Pici, Marcelo Paz, uma das metas é deixar mais acessíveis aos torcedores os preços de bares e estacionamento da praça esportiva. Segundo o dirigente, a média de consumo por torcedor que vai ao estádio é de R$ 15,93. "Eles apresentaram o valor de R$ 15 de estacionamento e mais esse número de R$ 15,93 para bares e restaurantes", afirma Paz. O fato é que, desses valores, nada era repassado aos clubes cearenses.

Assim, por exemplo, no jogo contra o Juventude pela penúltima rodada da Série B na Arena Castelão, o Fortaleza levou 57.223 de público ao estádio. Só em consumo nos bares, o arrecadado, pela média, seria de cerca de R$ 910 mil. No mesmo jogo, sem o valor, o Tricolor do Pici recebeu líquido R$ 674.015,13, de acordo com a súmula do jogo. Ou seja, uma quantia inferior à arrecadada pela administradora da praça esportiva.

Considerando o público de 545.360 em 19 jogos do Fortaleza este ano, o valor arrecadado é de cerca de R$ 8.685.000,00. Com público de 467.220 em 14 jogos do Ceará, o valor com bares foi de R$ 7.440.000,00. Do total de cerca de R$ 16.130.00.00, nada foi para os clubes.

O presidente alvinegro, Robinson de Castro também comentou a atual situação. "Os clubes precisam de novas receitas. Vamos concorrer com orçamentos muitos maiores. Isso será essencial para diminuir a nossa distância de capacidade de investimento. No Castelão, temos que explorar o estacionamento, bares - até com preços mais flexíveis - restaurante, placas estáticas e outras ativações com patrocinadores".

Na próxima semana deve ocorrer uma nova reunião entre Ceará, Fortaleza e o Governo do Estado para alinhar as ações para 2019.