Cinco jogadores foram determinantes para o Vozão ficar na Série A

Everson, Luiz Otávio, Juninho Quixadá, Leandro Carvalho e Arthur formam um pilar de respeito da equipe alvinegra, contribuindo diretamente, em momentos-chave, para a permanência do Ceará na elite do Brasileiro

O maior mérito do Ceará que permaneceu na Série A do Campeonato Brasileiro foi jogar coletivamente, entendendo o significado de time. Com Lisca, cada jogador cumpriu sua função tática, ato determinante para que os resultados aparecessem.

E com um coletivo "azeitado", visto principalmente no returno da Série A, as individualidades também apareceriam, com jogadores se destacando em meio a um time "certinho". O Diário do Nordeste elencou cinco deles considerados pilares da equipe, pela diferença que fizeram em campo em momentos-chave do Campeonato Brasileiro: o goleiro Everson, o zagueiro Luiz Otávio, o meia Juninho Quixadá, e os atacantes Leandro Carvalho e Arthur. Em comum, foi a primeira vez em suas carreiras que disputaram a Série A, amplificando o mérito deles ao se destacarem.

Primeiro, o goleiro Everson, titular em 36 jogos do Vozão, colecionou grandes defesas no certame, daquelas classificadas de impossíveis pelo torcedor, tanto em jogos que não foi vazado, como Vitória (2x0), Cruzeiro (2x0) e Flamengo (1x0), quanto em partidas que precisou intervir para garantir a vitória - Atlético/MG (2x1) e Chapecoense (3x1), sendo um dos goleiros que lideraram as estatísticas das defesas difíceis e decisivas. Ídolo do Ceará desde 2015, na campanha da Série B, Everson admitiu que este foi seu melhor ano pelo clube.

"Eu pensava que meu melhor ano da carreira tinha sido em 2017, mas esse ano já superou. Foram grandes jogos, contra grandes equipes, com jogadores de seleções de seus países e pude aparecer com a campanha do Ceará, ajudando o clube a ficar na Série A. Sofremos muito, mas nossa dedicação valeu a pena", declarou o goleiro do Ceará.

Assim como as defesas de Everson, outro pilar foi o zagueiro Luiz Otávio. Como toda equipe, foi crescendo em atuações a partir da chegada de Lisca e foi sinônimo de segurança na zaga, principalmente no jogo aéreo. Com ele, a média de gols do time é menos de 1 por partida.

Ofensivo

Se na defesa, o Ceará conseguiu números expressivos ao longo da campanha - a 9ª melhor geral e 5ª do returno - os do ataque foram sempre mais modestos. Mas ainda sim, a chegada de um jogador para o setor de criação, melhorou a produção ofensiva, permitindo que a equipe reagisse, conseguisse não só segurar os rivais como vencê-los: Juninho Quixadá.

Com drible fácil, Juninho quebrou as linhas defensivas e foi o elo para o time chegar aos dois atacantes letais: Leandro Carvalho e Arthur.

O primeiro não tem fama de artilheiro, mas com sua entrega, fez jogadas individuais marcantes e gols decisivos. Os gols de Leandro contra Fluminense, Flamengo, Atlético/MG e Atlético/PR, todos de vitórias, marcaram a campanha alvinegra.

E Arthur, artilheiro do Vozão, com 7 gols, foi um tormento para as defesas rivais e sua presença de área tornou o ataque do Ceará mais respeitado. Ele sai consagrado pela torcida rumo ao Palmeiras, campeão brasileiro.

Contratos

Se Arthur deixa o clube, os demais devem ficar. Everson (até 2021) e Luiz Otávio (até 2019) têm contrato.Juninho Quixadá tem vínculo até maio de 2019, mas está apalavrado para renovar por mais um ano. Já Leandro Carvalho volta ao Botafogo. Mas a diretoria alvinegra já fez proposta ao time carioca pela permanência.