As variações dos melhores do ano

TOM BARROS

Tarefa nada fácil é escalar a seleção do ano dentre tantos jogadores de futebol que atuam em diversas competições. Nada fácil também escolher o melhor do ano porque seus desempenhos oscilam no transcorrer das disputas. O julgamento é muito subjetivo. Os argumentos também variam porque, não raro, há a influência das inclinações clubísticas. Eu não gosto quando me atribuem a missão de indicar o craque do ano. Tenho que fazer uma recapitulação de tudo o que vi para somente depois decidir meu voto. E nem sempre esse voto sai com a segurança de quem analisou tudo. Fica sempre a impressão de que faltou alguma coisa. Neste ano 2018, que vai terminando, é indiscutível que Gustavo Henrique e Arthur, respectivamente atacantes do Fortaleza e do Ceará, foram destaque. Entretanto, os dois passaram por períodos ruins, amargurados por um jejum prolongado que afetou sobremaneira a produção deles. Conclusão: sempre haverá dificuldades em escolhas assim. Mas é um risco que todo julgador terá de assumir. Importante é manter a isenção, máxime quando examinar as variações de produção. Ainda assim, risco de injustiças sempre.

O melhor

O técnico do Ceará, Marcelo Chamusca, foi eleito o melhor do Campeonato Cearense 2018. Justiça a quem foi campeão do ano. Mas esse título de melhor não impediu sua demissão tempos depois. Então ele foi melhor naquele período, bem localizado, de sua participação. Depois perdeu o controle da equipe.

Resultado

Na escolha do melhor, há que se levar em consideração não apenas o título, mas o resultado do trabalho, mesmo que sem o título de campeão. É o caso de Lisca. Se a escolha é a do melhor do ano, aí o trabalho de Lisca tem um peso maior pelos desafios mais complicados. A avaliação, no caso, não foca o título, mas o objetivo alcançado (a permanência na Série A) diante de adversários poderosos, de elevado nível.

Campeão

O Felipão pode não ser o melhor treinador do Brasil, como entendo mesmo que não é, mas, daquele momento em que assumi u o Palmeiras ao término quando campeão, ele fixou seu nome como um dos melhores da competição. Soube ser campeão, apesar das limitações.

Pílulas

O ex-jogador Juninho Cearense, que brilhou na ascensão do Fortaleza para a Série A em 2002, faz hoje belo trabalho na Liga das Escolinhas Cearenses de Futebol. São centenas de crianças e adolescentes nas categorias sub-9, sub-11, sub 13 e sub 15. Ele concentra as atividades na Areninha do Conjunto José Walter.

Numa deferência, Juninho deu ao troféu o meu nome. Agradeço a atenção. Aliás, no ano passado lá compareci e vi o zelo com que ele cuida do evento. Solenidade de encerramento e execução do Hino Nacional. Os jogos decisivos, nas diversas categorias, serão realizados dia 15, sábado próximo, a partir de 15 horas.


Assuntos Relacionados