Agora é o Título brasileiro em foco

Tom Barros

O Fortaleza deixou para trás os traumas que o atrapalharam durante os oito anos de Série C. Foram tantos que pareciam uma barreira invisível e intransponível pelo resta da vida. Complexos de inferioridade que travavam as ações num embotamento continuado, ano após ano. Sequência interminável de decepções e decepções. Aí veio a luz libertadora que o fez maior que os traumas e os complexos. Inicialmente com o hoje senador da República, Luís Eduardo Girão. Com ele para trás ficaram os azares. Tomaram à frente os bons fluídos que levaram o Fortaleza para a Série B. No mesmo embalo, no curto espaço de um ano, a ascensão à Série A nacional. Subida libertadora que trouxe de volta ao Leão a autoestima, a confiança e o orgulho de ser novamente respeitado. Novos horizontes já se abrem ao tricolor: visibilidade, nível técnico, projeção. Maiores ainda se hoje o Fortaleza incorporar à sua camisa a estrela de primeiro time cearense campeão brasileiro da Série B. É ganhar do CSA e ficar de olho no resultado de Atlético-GO x Avaí. Aí ocorrerá o incrível: um título brasileiro justo no cenário onde viveu as maiores frustrações na Série C. Voltas da vida.

Derrota natural

O Sport fez a parte que lhe cabia na luta para sair da zona de rebaixamento. Com a vitória (1 x 0) sobre o Ceará, conseguiu seu objetivo. No primeiro tempo, o Sport teve o controle da partida, mas mínimas oportunidades de gol para os dois lados: uma com Ernane pelo o Sport e uma com Leandro Carvalho pelo o Ceará. Tecnicamente um jogo ruim.

Desatenção e gol

O gol do Sport, Gabriel, logo no início do segundo tempo, desestabilizou o Ceará. Ken, Ricardinho, Juninho e Calyson tiveram demorado embotamento. O Sport tomou conta do jogo e poderia ter ampliado o placar, não fora a intervenção de Everson em conclusões de Ernane e Gabriel. O Ceará deu sinais absolutos de que sentiu o golpe.

Reação

O Ceará demorou a reagir. Quando o fez na reta final, já em campo Cardona, Eder Luís e Felipe Azevedo, construiu a melhor chance que Leandro Carvalho desperdiçou. A rigor, ficou provado: sem Samuel Xavier, Richardson e Juninho Quixadá a queda de qualidade é visível. Preocupação para o jogo diante do Internacional.

Pílulas

Vocação

Edson Cariús firmou seu nome no Ferroviário. Na conquista da Série D nacional, dele os gols decisivos que levaram ao título. Na conquista da Taça Fares Lopes, novamente ele, inclusive marcando com estilo um dos três gols da vitória. Vocacionado desde os tempos do Iguatu, seu primeiro clube, em 2012.

Perseverança

Caucaia fez bonito na Taça Fares Lopes. Ciel mostrou a qualidade de seu futebol que permanece diferenciado. Espero que a perda do título não quebre o entusiasmo dos que fazem o Caucaia. Ó município tem sido exemplo de incentivo ao futebol. Tem um bom estádio e estrutura que poderão garantir futuras conquistas.