Vitrines 'se vestem' para o Réveillon na Capital

As vitrines das lojas já estão repletas de roupas para as comemorações do Réveillon. O branco como de costume é o mais procurado, mas as estampas e cores lisas, como o amarelo e verde se misturam nas fachadas das boutiques. O movimento nas lojas da Avenida Monsenhor Tabosa já não é exclusividade de consumidores fortalezenses. Nota-se a presença de turistas na Capital, que irão comemorar a chegada de 2015 em terras cearenses.

É preciso gastar sola de sapato no tradicional corredor de compras para buscar preços atraentes. Os biquínis despontam com os valores mais em conta para o consumidor que aposta no lazer neste fim de ano.

A professora universitária Cibelly Abreu, 38, vai comemorar o Ano Novo em casa com a família, mas mesmo assim foi a uma loja da Avenida Monsenhor Tabosa, comprar um vestido verde para a comemoração. "Eu compro porque quero me sentir bem comigo mesmo. A cor verde tem a simbologia de saúde e é isso que eu desejo para o próximo ano", explica.

Seja por autoestima, superstição, tradição ou consumismo, os cearenses movimentam o comércio neste período, mesmo após o Natal, data de maior volume de compras do varejo.

A analista comercial, Eulânia Araujo,32, procura a tradicional roupa branca para a passagem de ano. Quando questionada sobre a motivação para o consumo ela explica "a gente tem que usar o novo para atrair coisas novas".

Além das roupas para o Réveillon, os biquínis têm bastante procura neste período. A demanda se dá pela alta temporada de férias e, principalmente, devido o feriado, onde vários cearenses viajam para o litoral cearense. A estudante Heloise Chaves, 20, vai no Ano Novo para a praia de Baleia, em Itapipoca, com a sua família. "Os meu biquínis não estavam me agradando, estavam velhos, comprei mais por necessidade, para viajar com um biquíni bonito e confortável", afirma.

Cautela

Apesar do maior consumo neste período, de acordo com a percepção de alguns lojistas da Avenida Monsenhor Tabosa, as pessoas estão comprando bem menos neste ano. A crise econômica do País é a justificativa mais recorrente quando os lojistas são questionados sobre o porquê deste quadro no comercio varejista. Espera-se um maior movimento nas lojas a partir da próxima segunda-feira (29).

Protagonista: Giselle Quezado, estudante

Peças brancas para manter a tradição

A estudante Giselle Quezado, 19, veio de Barbalha para passar o Natal em Fortaleza e aproveitou o tempo livre na Capital cearense para comprar uma roupa branca para o Réveillon. "A minha família tem a tradição de todos vestirem branco na virada do ano, como eu não tinha nenhuma peça, tive que comprar", explica. Depois de três horas de busca pela Monsenhor Tabosa, finalmente ela encontrou o vestido branco que procurava.

Menos consumidores vão comprar roupas novas

Brasília. Um levantamento realizado em todas as capitais brasileiras pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pelo portal Meu Bolso Feliz revelou que caiu o percentual dos consumidores que pretendem comprar roupa nova para comemorar a chegada de 2015. O percentual caiu de 74% no ano passado para 60% neste ano, informou o SPC Brasil.

Especialistas disseram ao SPC Brasil que o cenário econômico de baixo crescimento, os juros elevados e a inflação são fatores que pesam na disposição do brasileiro de gastar menos neste fim de ano. O SPC Brasil destaca que, mesmo com a queda na intenção de compra, prevalece entre a maior parte dos brasileiros a vontade de passar a virada de ano com roupa nova.

Os motivos para esse desejo dos brasileiros têm a ver com a superstição que associa a sorte no novo ano com o hábito de comprar roupa nova. E a injeção de capital extra na economia com o pagamento da segunda parcela do décimo terceiro salário é um fator fundamental para manter a tradição viva.

Comemoração

O SPC Brasil informou também sobre a tendência do brasileiro na escolha do local onde passar a virada do ano. De acordo com o levantamento, 36% dos entrevistados pretendem passar o réveillon em casa; 13% têm intenção de viajar; e 26% vão comemorar a passagem do ano em ambiente familiar: na casa de parentes (12%), dos pais (7%) ou de amigos (7%).