Ventilador: venda tem alta de 25%

Com a baixa incidência de chuva e o aumento do calor no segundo semestre deste ano, os fortalezenses aqueceram a compra de ventiladores e condicionadores de ar. A expansão nas vendas chega a uma média de 25% no segundo semestre de 2014, segundo os varejistas, comparado ao primeiro semestre deste ano. Para o gerente da loja Magazine Luiza, Erisberto Monteiro, o aumento do consumo de ventiladores cresceu 30% neste período.

De acordo com a Somar Meteorologia, o último fim de semana foi o ápice de calor no País. A média histórica para o mês de outubro é de temperaturas entre 30ºC e 31ºC, mas, neste ano, os números foram superados. No último fim de semana, a temperatura de Fortaleza variou entre 24º C e 33º C, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia.

O soldador Edmilson dos Santos, 74, sempre dormiu com um ventilador próximo à cama, para diminuir a alta temperatura do seu quarto. "Por causa do grande calor e das muriçocas, eu também tive que comprar um ventilador para o meu filho. Ele sofria muito, não dormia direito", disse. Seu Edmilson adquiriu um ventilador por R$ 129,00, mesmo produto que na semana passada estava com o preço de R$ 99,00. De acordo com o vendedor da loja de eletrodomésticos, o aumento do preço dos produtos decorreu principalmente pela grande demanda.

Condicionadores de ar

Na loja Liliane houve um aumento de 30% nas vendas de condicionadores de ar ante o primeiro semestre do ano. "Nós recebemos 200 aparelhos de 9000 BTUs em outubro e não temos mais nenhum", afirmou o gerente Marcelo Dias. Já para o sub-gerente da loja Zenir, Carlos Passos, as vendas deste equipamento foi superior à venda de ventiladores nos últimos meses, com um aumento de 20%, também em relação ao primeiro semestre. O gerente da loja Rabelo, Wagner Nunes afirmou que não ouve aumento nas vendas destes produtos, e sim uma estabilidade no consumo.

Segundo a Panasonic, no verão passado as vendas de aparelhos de ar condicionado registraram alta de 30%. Para esse ano, a expectativa é de mais 10% de crescimento.

Fábricas

Todos os gerentes entrevistados pela reportagem queixaram-se das fábricas fornecedoras dos eletrodomésticos, situadas no Sul e Sudeste, com relação ao atendimento de pedidos. "Devido ao calor, a demanda nacional foi grande e as fábricas não aguentaram, não cumprindo com todas as vendas, principalmente de condicionadores de ar", queixou-se Carlos Passos. Segundo os lojistas, há escassez de modelos nas lojas cearenses.