Vendas do comércio crescem 6% na 1ª semana de dezembro
Grande movimentação de clientes nas lojas do Centro e dos shoppings animou os comerciantes da Capital cearense
O volume de vendas no comércio de Fortaleza cresceu entre 4% e 6% até o dia 8 de dezembro, na comparação com igual período do ano passado. A informação é do presidente eleito da Câmara de Dirigentes Lojistas de Fortaleza (CDL Fortaleza), Assis Cavalcante, que explica que ainda não tem como saber exatamente o volume financeiro movimentado no período.
"Eu nunca vi tanta gente no Centro da cidade como no último sábado (9). Há muito tempo que a gente não via um público como esse", contou. De acordo com ele, os consumidores lotaram as lojas de calçados, eletroeletrônico e de vestuário nesse fim de semana, principalmente do Centro, nas ruas entre as praças do Ferreira e José de Alencar e entre as ruas Liberato Barroso e Guilherme Rocha.
"Ainda não dá para saber como foi a movimentação dos últimos dias, mas ela está além do esperado. O movimento foi muito intenso até mesmo no domingo (10)", acrescenta ele.
Black Friday
Assis Cavalcante ainda afirma que nem a Black Friday, que ocorreu no dia 24 de novembro, atrapalhou as vendas do início de dezembro. "A nossa preocupação era este evento tirar o consumidor das lojas, mas parece que as pessoas estão nas ruas comprando. Quem estava com o cartão apto a comprar, foi às compras", diz.
Segundo ele, muitos consumidores aproveitaram a primeira parcela do décimo terceiro, paga no dia 30 de novembro, para circular nas lojas do Centro de Fortaleza e nos demais estabelecimentos da Capital. "A gente tem notado que tem havido muita venda em dinheiro e à vista. Este público que está consumindo agora não comprou na Black Friday e preferiu também esperar para negociar preços com os próprios comerciantes", completa o presidente eleito da CDL.
Atrativos
O movimento no Centro de Fortaleza, além do normal nesse último fim de semana, é explicado ainda pelos atrativos que a região tem oferecidos aos moradores e visitantes da Capital. De acordo com Assis Cavalcante, a programação cultural de Natal e as promoções têm ajudado a aumentar a circulação de pessoas.
"Nós estamos muito felizes porque temos observado que próxima à apresentação do coral a gente vê mais pessoas. Além disso, muitos lojistas estenderam o horário de funcionamento dos estabelecimentos. Antes muitos comerciantes fechavam no máximo 18h30 e agora alguns encerram o atendimento depois das 19h. Isso tem feito as pessoas ficarem mais no Centro e aproveitar para comprar".
"A pessoa vem para ver o Coral de Luz, na Praça do Ferreira, e está ficando para fazer compras. Pensando nisso nós preparamos também três peças para serem apresentadas no Cine São Luiz nos dias 20, 21 e 22 de dezembro. Um musical, uma peça de cunho religioso de Natal e o balé da Edisca, começando às 16h, exatamente para trazer o público ao Centro", acrescenta.
De acordo com ele, as atratividades são inovações para o horário mais cedo, no lugar das apresentações no início da noite.
Promoções
Além disso, conforme ele, as promoções estão atraindo cada vez mais clientes aos estabelecimentos. "O Centro ficou sem essas promoções por muito tempo porque elas migraram para os shoppings. Hoje em dia, as promoções voltaram. A adesão inclusive está ocorrendo em lojas de outros bairros. Esse público está indo às compras muitas vezes porque está concorrendo a alguma coisa", esclarece ele.
A Pesquisa sobre o Potencial de Consumo do Fortalezense para o Natal deste ano, realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Ceará (Fecomércio-CE), revela que 53,9% dos consumidores irão às compras, movimentando R$ 290 milhões no comércio varejista local.
O resultado projeta um crescimento de 7,4% sobre o valor faturado no Natal do ano passado (R$ 270 milhões), mantendo o Natal como a data comemorativa mais importante para o varejo de Fortaleza.
Presentes
O aumento no faturamento esperado decorre da combinação do avanço do percentual de consumidores que deverão comprar presentes (que subiu de 48,3%, em 2016, para 53,9% em 2017) e da ampliação do valor previsto dos gastos individuais, que passou de R$ 319 no ano passado, para R$ 335. O mix de produtos não teve alteração e o consumidor mostra preferência pela compra de artigos de vestuário (64,7%), seguido de brinquedos (34,2%), calçados, cintos e bolsas (29,5%) e itens de perfumaria (16,6%).