Venda de imóveis no País salta 17,8% no 1º semestre

Escrito por Redação ,
Legenda: Sinduscon-CE aponta que avanço do setor no Estado ainda não acompanha o ritmo nacional
Foto: Foto: Kid Júnior

Fortaleza/Rio. O mercado imobiliário vem mostrando recuo dos distratos e crescimento nas vendas líquidas ao longo do ano, de acordo com levantamento realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), em parceria com a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc). A pesquisa mostra que, em junho, as vendas líquidas (já descontados os distratos) totalizaram 7.458 unidades, crescimento de 14,8% em relação ao mesmo mês do ano passado. Os distratos foram de 2.822 unidades, retração de 26,3%. Os lançamentos totalizaram 9.214 unidades em junho (-9,9%).

Com isso, o mercado completou o primeiro semestre com vendas líquidas de 32.465 unidades, aumento de 17,8% frente o mesmo semestre do ano passado. Nesse período, os distratos atingiram 17.785 unidades, queda de 20%, e os lançamentos alcançaram 30 530 unidades, recuo de 3,5%.

O presidente do Sindicato das Construtoras do Estado do Ceará (Sinduscon-CE), André Montenegro, os números cearenses destoam da realidade nacional. Por aqui, o setor ainda não tem muito a comemorar, segundo ele. "Estamos sentindo uma pequena melhora nas vendas por conta da queda nos juros, principalmente em bancos particulares e no Banco do Brasil", diz. "Os distratos ainda estão muito fortes aqui", acrescenta.

No acumulado dos últimos 12 meses encerrados em junho, as vendas líquidas no País foram de 63.749 unidades, alta de 11,6%. Os distratos totalizaram 39.790 unidades, baixa de 15,4%, e os lançamentos alcançaram 68.703 unidades, alta de 2,5%.

Construção trava PIB

A liberação do saque de contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) tirou do vermelho o consumo das famílias durante o segundo trimestre do ano.

A recuperação da atividade econômica, porém, foi prejudicada pelo mau desempenho da construção, que atrapalhou tanto os resultados da indústria quanto dos investimentos, segundo Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB, divulgado hoje pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro recuou 0,24% no segundo trimestre ante o primeiro trimestre do ano. Na comparação com o segundo trimestre do ano passado, o PIB do segundo trimestre deste ano teve retração de 0,3%. A indústria teve uma queda de 1,8%, influenciada, principalmente, pelo tombo de 7,4% da atividade de construção.

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