UTE Pecém II já opera comercialmente

Escrito por Redação ,
Assim como a Pecém I, a segunda unidade do empreendimento tem capacidade instalada de 360 MW

A Usina Termelétrica Energia Pecém recebeu ontem autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para iniciar a operação comercial de sua segunda unidade geradora - Energia Pecém II -, que tem capacidade instalada de 360 megawatts (MW). As ações da UTE Pecém são divididas, meio a meio, entre a portuguesa EDP e a MPX - empresa de energia do Grupo EBX, do empresário Eike Batista.

Durante a construção da usina, foram gerados 20 mil empregos diretos em diversas áreas, como montagem eletromecânica e soldagem Foto: divulgação

A primeira unidade geradora da Energia Pecém, também com capacidade instalada de 360 MW, recebeu autorização da Aneel para iniciar a operação comercial em dezembro de 2012. Antes disso, em outubro último, a UTE Pecém I começou a fornecer energia ao Sistema Interligado Nacional (SIN), em caráter de testes, sendo remunerada pelo Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) sobre a energia efetivamente gerada neste período.

Conforme a MPX, a Energia Pecém se posiciona como a terceira usina térmica mais barata do subsistema Nordeste, com custo variável unitário (CVU) de R$ 104,62, segundo o ONS. Durante a construção da usina, foram gerados 20 mil empregos diretos em diversas áreas, como construção civil, montagem eletromecânica, soldagem e mecânica industrial.

Capacidade total

A usina tem capacidade total de 720 MW, o que equivale a metade do parque gerador de energia do Estado, de 1.396 MW. Ambas com a matriz de carvão mineral, as duas termelétricas estão localizadas no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp), em São Gonçalo do Amarante.

No ano passado, a Pecém I teve gastos adicionais, com compra de energia, para honrar seus contratos. Em março último, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu que os gastos fossem repassados às distribuidoras de energia. A energia precisou ser comprada por conta do atraso no início da operação comercial da usina.

Acionamento

A energia gerada pelas térmicas é demandada em maior intensidade quando os reservatórios das hidrelétricas estão baixos. Com a manutenção das térmicas, o custo da energia se torna mais caro para as concessionárias, que, por sua vez, repassam o aumento dos gastos aos consumidores finais, através das tarifas mensais.

Neste ano, o gasto adicional das concessionárias já supera R$ 2 bilhões. Para evitar uma elevação expressiva da conta de energia num curto espaço de tempo, o governo federal anunciou um "socorro" às distribuidoras de energia, que, para arcar com os custos adicionais, poderão contar com recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). A CDE consiste em um fundo que financia programas do setor energético.

Com a medida, os gastos das concessionárias será repassado, ao consumidor, de forma escalonada, ao longo de cinco anos, durante os quais as empresas pagarão de volta ao governo os recursos obtidos junto à CDE.
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