Tributos sobre importados sobem

Produtos vindos de fora do País deverão ter o PIS-Pasep alterado de 1,65% para 2,1% e Confins de 7,6% a 9,65%

Escrito por Redação ,
Legenda: Entre os artigos visados pela MP enviada pelo governo e votada ontem pelo Senado estão cosméticos e produtos farmacêuticos
Foto: Foto: Neysla Rocha

Brasília. Por votação simbólica, o Senado aprovou ontem a Medida Provisória 668, que aumenta impostos sobre mercadorias importadas, incluindo cerveja, produtos farmacêuticos e cosméticos. Pelo texto aprovado, no geral, a alíquota do PIS-Pasep para a entrada de bens importados no Brasil passa de 1,65% para 2,1%. No caso da Cofins, vai de 7,6% para 9,65%.

A medida integra o pacote de ajuste fiscal do governo, para o qual, além de aumentar a arrecadação, a iniciativa protegerá a indústria nacional. A estimativa da equipe econômica é de que, com essa MP, a arrecadação anual com importações aumentará em R$ 1,19 bilhão a partir de 2016. Só neste ano, o impacto seria de R$ 694 milhões.

Vitória

Depois de considerar uma "vitória para o País" a aprovação das medidas provisórias 664 e 665, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse ser importante para o Brasil a votação da Medida Provisória 668, que aumenta alíquotas da contribuição para o Programa de Integração Social (PIS/Pasep Importação) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins-Importação) sobre mercadorias industrializadas.

A alíquota subirá de 9,25% para 11,75%, conforme já anunciado pelo Ministério da Fazenda. O texto deve ser votado nesta quinta-feira no Senado Federal. Para Levy, a MP 668 tem relevância para a indústria nacional pois "traz equilíbrio e a competitividade entre importados e produtos nacionais". A MP altera uma lei de 2004 que estabelece as alíquotas de Pis e Cofins sobre a importação de bens e serviços.

Importância da indústria

"A gente tem - disse o ministro Levy - uma indústria que é extremamente importante para a nossa atividade econômica, até pelos efeitos multiplicadores, além dos efeitos tecnológicos. Então, acho que essa medida completa esse pedaço na nossa estratégia de equilíbrio e ai temos a questão do Projeto de Lei da desoneração da folha que logo depois do feriado deve começar a ser discutido na Câmara", afirmou o ministro. Para o executivo, as medidas provisórias enviadas no pacotão do ajuste fiscal visam corrigir distorções que a economia brasileira possui.

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