Térmicas pedem novo prazo

Escrito por Redação ,

Brasília. O prejuízo bilionário que o atraso de hidrelétricas tem gerado aos empreendedores levou um grupo de investidores de usinas térmicas a pedir um aumento de prazo para conclusão de obras que nem foram a leilão. A Associação Brasileira de Carvão Mineral (ABCM) pediu ao Ministério de Minas de Energia prazo adicional de seis meses antes da operação efetiva das usinas que serão contratadas no leilão de 28 de novembro.

Pelas regras do leilão A-5, as usinas devem entregar energia em cinco anos. Esse prazo, no entanto, leva em conta o ano-calendário do leilão, ou seja, janeiro de 2014, e não a data efetiva de realização da disputa. Assim, as usinas deveriam operar em janeiro de 2019.

"Pedimos ao governo para que reconsidere esse prazo de operação em pelo menos mais seis meses, jogando o início de operação para julho de 2019", diz Luiz Fernando Zancan, presidente da ABCM. O prazo para construir uma usina térmica a carvão, diz, seria de quatro anos.

O receio das usinas é passar pelo sufoco que vivem hoje os donos de hidrelétricas. Como muitos não cumpriram o cronograma de entrega de energia assumida em contrato, são obrigados a adquirir essa geração no mercado de curto prazo - onde o preço está em níveis recordes -, o que compromete os projetos.

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