Térmicas caras seguem acionadas

Escrito por Redação ,

Rio de Janeiro. O governo decidiu manter em operação térmicas mais caras, apesar do início do período chuvoso, com o objetivo de tentar preservar água nos reservatórios das hidrelétricas brasileiras.

A medida deve ter impacto nas tarifas de energia a partir dos reajustes anuais das distribuidoras, quando são calculados os gastos adicionais da taxa ESS (Encargos de Serviços do Sistema), cobrada na conta de luz.

Em reunião na última sexta-feira (3), o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) decidiu autorizar o despacho fora da ordem de mérito, que libera o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) a usar usinas mais caras do que as recomendadas pelo modelo que rege a operação do sistema.

De acordo com o Ministério de Minas e Energia, a medida é necessária porque, com o início das chuvas, o preço-limite para o despacho de usinas caiu.

Assim, só poderiam ser usadas usinas com custo de até R$ 493,24 por megawatt-hora (MWh), o que limita o acionamento de parte do parque térmico. Na reunião, o CMSE permitiu que o ONS permaneça usando usinas com preço de até R$ 702,50 por MWh.

A decisão vale para a semana que vem. Na próxima quinta-feira (9), o comitê se reúne novamente para avaliar a situação.

Os destaques das últimas 24h resumidos em até 8 minutos de leitura.