Supermercado: CE segue crescendo

Escrito por Redação ,
Legenda: Poucos dias e Carnaval são apontados como causas do resultado ruim de fevereiro no País
Foto: Foto: Waleska Santiago

As vendas em supermercados caíram 7,64% em fevereiro em comparação com janeiro. No entanto, em relação a fevereiro de 2014, houve crescimento de 0,35% no movimento, segundo balanço divulgado ontem pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras).

No acumulado dos dois primeiros meses de 2015, as vendas aumentaram 1,93%. Os percentuais levam em consideração a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), sobre a qual o desempenho do setor no Ceará está entre 3% e 4% acima, de acordo com a Associação Cearense de Supermercados (Acesu).

"Fevereiro foi um mês ruim em virtude de só ter 28 dias e também o Carnaval. Março foi ruim por causa dos dois últimos feriados, mas acreditamos que vamos continuar crescendo acima da inflação neste ano", analisou o vice-presidente da Acesu, Marcus Novais.

País ainda positivo

Já o presidente do Conselho Consultivo da Abras, Sussumu Honda, disse que o resultado do ano ainda é positivo por causa do bom desempenho do setor em janeiro. Porém, o desaquecimento da economia e a alta da inflação estão diminuindo a capacidade de compra da população.

"Nós temos indicadores macroeconômicos que não estão bons, com o nível de confiança do consumidor também está caindo. Estamos com inflação alta, e isso acaba afetando muito o poder aquisitivo", ressaltou, durante a apresentação dos dados.

Segundo Honda, o resultado nacional também foi afetado pelo menor número de dias no mês e pelo feriado de carnaval. "Nossas vendas são dia a dia. Então, quanto mais dias, melhor", explicou. Mesmo assim, os números do mês indicam que o setor não deverá ter uma grande expansão neste ano.

Ano de difíceis previsões

Para Honda, o cenário econômico e o ajuste fiscal proposto pelo governo federal dificultam as previsões para o ano. Por isso, ele evitou dizer se será possível atingir a estimativa feita no início do ano de crescimento de 2% em 2015: "Fica difícil fazer previsões neste ano de ajuste, que vai impactar em toda a cadeia. De janeiro para cá, os números deterioraram tanto".

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