'Situação fiscal do País continua gravíssima'

Escrito por Redação ,

Brasília. O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, advertiu ontem (27) que a situação fiscal do Brasil continua "gravíssima". O alerta foi feito durante audiência na Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso que analisa a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2018. Segundo ele, há um cenário de fragilidade fiscal no País que tem levado a déficits elevados continuados. "A mensagem é que a situação continua gravíssima", disse o ministro.

Pelas previsões do Ministério do Planejamento, a convergência das contas públicas para um quadro de superávit fiscal só ocorrerá em 2020. Nesse ano, Oliveira previu um superávit de apenas 0,1% do PIB. "Mesmo assim, teremos um déficit nominal de 3,9% do PIB". Ele afirmou ainda que a LDO e a Lei Orçamentária de 2018 devem se "enquadrar" no esforço fiscal.

Para 2017, ele previu um déficit primário de 2,1% do PIB e nominal de 6,7% do PIB. Até 2020, ressaltou, serão seis anos de déficits elevados e continuados nas contas públicas.

Dyogo Oliveira destacou, porém, que não é possível fazer o ajuste fiscal de uma única vez num quadro de queda das receitas e aumento das despesas. Ele defendeu as reformas na área tributária e estimou ainda um gasto de R$ 730 bilhões nas despesas da Previdência.

Previdência

Dyogo Oliveira ressaltou que a Previdência Social tem apresentado déficits crescentes e que a velocidade do aumento do rombo preocupa.

Em quatro anos, o resultado negativo foi praticamente multiplicado por quatro. "Em meio à fragilização da situação fiscal do País, aumentou nossa despesa com juros", ressaltou o ministro.

Os destaques das últimas 24h resumidos em até 8 minutos de leitura.