Setor siderúrgico do País deve reagir

Escrito por Redação ,
Legenda: O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que teve encontro produtivo com os EUA
Foto: Foto: Ag. Brasil

São Paulo/Buenos Aires. O setor siderúrgico do Brasil deve continuar a passar por uma reação em 2018, em meio a um aumento na demanda, mas o crescente protecionismo pode ser uma preocupação mais adiante, aponta a Moody's.

A agência diz em nota que a produção de aço bruto no Brasil está atualmente em níveis acima de 2012 e 2013. O ambiente macroeconômico "benigno" permitirá que as maiores siderúrgicas do País, Gerdau, Usiminas e CSN, melhorem seu mix de produtos e direcionem volumes maiores para o mercado doméstico, afirma a Moody's.

Mais adiante, contudo, práticas comerciais protecionistas ameaçam as exportações de aço brasileiras para os EUA em 2018 e para além disso, enquanto o aumento da competição doméstica no Brasil também pode levar exportações para outros países com mercados mais abertos, aponta a Moody's.

Ela espera que as tarifas americanas tenham "implicações mistas" para as maiores siderúrgicas nacionais, com maior competição doméstica de importações para a Usiminas e a CSN e aumento nos custos para as operações da CSN nos Estados Unidos. Elas devem, porem, beneficiar a Gerdau, que já consegue receita significativa nos EUA.

'Conversa boa'

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que a reunião com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, para discutir a sobretaxação do aço e alumínio foi "boa e produtiva" e o norte-americano "manifestou bom entendimento da situação", além de "simpatia" pelo interesse do Brasil de ficar de fora das novas alíquotas impostas.

O ministro ressaltou que não fez um pedido formal ao secretário para a isenção do Brasil das taxas adicionais, porque, segundo Meirelles, Mnuchin não é a pessoa específica para isso.

Articulação

O Brasil está reforçando sua articulação com as empresas privadas norte-americanas consumidoras de aço para que elas ingressem com pedidos de exclusão dos produtos brasileiros da sobretaxa de 25%.

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