Serviços crescem 5,1% no Estado; 4ª maior alta do País

O setor de serviços no Ceará apresentou um crescimento de 5,1% na comparação com dezembro de 2016, quarto maior avanço registrado entre os estados brasileiros, atrás apenas de Mato Grosso (31,1%), Alagoas (13,8%) e Piauí (12,6%). Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada ontem (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Já na comparação com janeiro do ano passado, o setor de serviços do Ceará registrou crescimento menor, de 2,6%. Apesar dos resultados positivos observados, houve recuo de 1,9% nos últimos 12 meses, na série ajustada sazonalmente.

Segundo Claudia Brilhante, diretora institucional da Federação do Comércio do Estado do Ceará (Fecomércio-CE), essa retomada no setor de serviços se deve a algumas medidas do Governo e a alguns privilégios do Estado. "Algumas medidas do Governo Federal trouxeram uma certa euforia. Além disso, o Ceará tem uma vantagem por ser muito turístico".

O setor que mais contribuiu para a alta de janeiro no Ceará foi o de Serviços Profissionais, Administrativos e Complementares, com crescimento de 30,6% na comparação com o mesmo mês do ano anterior. "Todas as empresas, seja de pequeno, médio ou grande porte, tentando otimizar o seu trabalho, começaram a contratar profissionais de contabilidade para direcionar o trabalho durante a crise", esclarece Brilhante.

Outro grupo que apresentou crescimento (1,9%) foi o de Transporte, Serviços Auxiliares dos Transportes e Correios. De acordo com Claudia, um dos motivos para esse avanço é a grande adesão ao Uber. "Muitas pessoas que perderam o emprego estão se credenciando ao Uber para garantir alguma fonte de renda", explica.

Serviços às famílias

O subgrupo Serviços Prestados às Famílias reduziu o ritmo de queda no primeiro mês do ano. Em janeiro a queda foi de 0,3%, após decréscimo de 15,3% e de 27,6% em novembro e dezembro de 2016, respectivamente.

Com relação às atividades turísticas, o Ceará apresentou crescimento de 2,5% na passagem de dezembro para janeiro.

No Brasil, o volume de serviços prestados apresentou queda de 2,2% na passagem de dezembro para janeiro. A taxa acumulada em 12 meses registrou perda de 5,2%. Na comparação com janeiro do ano anterior, houve queda de 7,3%.