Selic mantém atratividade

Escrito por Redação ,

O mercado financeiro encerrou os negócios de agosto convicto de que a taxa básica de juro, a Selic, não se moverá de 11% ao ano nesta virada de setembro, quando o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), se reúne para deliberar se muda ou não o rumo do juro básico. A decisão será anunciada na próxima quarta-feira, no fim do segundo dia do encontro que começa amanhã.

A Selic estável em nível elevado preserva, pela ampla distância que mantém em relação à inflação, a atratividade das aplicações de renda fixa. Especialmente dos fundos DI, uma opção considerada mais rentável que a caderneta de poupança para o investidor conservador que não quer correr riscos, sobretudo em cenário de turbulência eleitoral.

Cenário favorável

Com rendimento atrelado à taxa Selic, o fundo DI aparece na lista de indicações da maioria dos analistas de investimento. A temporada de inflação mais comportada, comparada com a que rodou no primeiro semestre, também joga a favor do aplicador, à medida que amplia a margem de ganho real, acima da inflação, do capital aplicado.

O potencial de rentabilidade é maior em fundos com taxa de administração baixa, inferior a 1% ao ano, e aplicações por prazos mais longos, acima de 180 dias, para reduzir a tributação pelo imposto de renda.

Incertezas

O fundo DI tem sido sugerido pelos analistas também para a travessia do período de incerteza eleitoral, sobretudo para o investidor que espera pela definição de um cenário mais claro para possíveis mudanças.

Esse é um possível quadro em que o investidor poderia visualizar até oportunidades para optar por uma aplicação temperada com pitada de risco, como uma carteira diversificada com ações. O rendimento médio líquido dos fundos DI em agosto girou em torno de 0,70% a 0,80%, bastante acima da remuneração da caderneta.

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