Segundo semestre traz novo alento

Para as famílias acompanhadas pela reportagem, o ano ainda pode trazer boas novidades nas finanças

Escrito por Redação ,
Legenda: A família Pamplona Magalhães acredita que, até o fim do ano, não haverá muita alteração nas finanças
Foto: FOTO: KLÉBER A. GONÇALVES

O "Vida e Finanças" acaba de completar seis meses, desde que iniciou a publicação da série de reportagens, em 25 de janeiro, no caderno Negócios do Diário do Nordeste. Ao longo de um semestre, muita coisa aconteceu na economia brasileira e na vida das três famílias protagonistas do nosso projeto, pertencentes às classes A, C e D.

> Planos são adiados mais uma vez

Entre janeiro e junho deste ano, a economia brasileira foi bombardeada pelo aumento da carga tributária, alta de juros, inflação, elevação do nível de desemprego, redução do consumo, arrefecimento do ritmo de crescimento, além do encarecimento das tarifas públicas.

No Ceará, embora o reflexo da crise no mercado de trabalho tenha se apresentado mais tímido em relação ao cenário nacional, a retração no consumo também ficou evidente para o comércio e, principalmente, para a indústria, que já vinha acumulando perdas desde o ano passado.

Simultaneamente, os cearenses, bem como todos os nordestinos, amargaram mais uma ano de estiagem, completando o quinto ano de seca na Região. A redução das reservas hídricas nos açudes resultaram em medidas de contenção de água, atingindo a agricultura irrigada, que teve de frear a produção. Com isso, os alimentos encareceram, influindo negativamente no custo de vida do trabalhador.

No universo das três famílias cearenses, acompanhadas mensalmente pela equipe do "Vida e Finanças", sonhos foram alterados, empréstimos foram contraídos, despesas fixas aumentaram, projetos precisaram ser postergados, planos de consumo foram adiados, estruturas familiares se modificaram, novos desafios surgiram, dívidas ganharam e perderam força nos orçamentos domésticos, mas um sentimento perseverou para a maioria dos nossos heróis: a esperança de dias melhores.

Apesar da confirmação, na primeira metade do ano, dos prognósticos negativos traçados para 2015, a chegada do segundo semestre funciona como alento, independentemente da classe social, de que o Brasil volte a crescer e que "a previsão de um ano difícil" fique para trás.

Critérios

Para nortear o projeto "Vida e Finanças", que se estenderá até o mês de dezembro, a definição da faixa de renda das famílias participantes das entrevistas utiliza como critério a classificação do Centro de Políticas Sociais (CPS) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), segundo a qual são consideradas de classe A famílias com renda acima de R$ 9.754; classe C aquelas que possuem renda familiar entre R$ 1.734 e R$ 7.475; e D para a faixa de R$ 1.085 a R$ 1.734 de ganho mensal. Ainda conforme a CPS/FGV, famílias das classe B e E possuem, respectivamente, rendimentos entre R$ 7.475 e R$ 9.745 e de R$ 0 a R$ 1.085.

Ângela Cavalcante
Repórter

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