Saldo das contas inativas do FGTS começa a ser liberado em março
O presidente Michel Temer negou, ontem, que seria colocada uma restrição para a retirada dos recursos
Brasília. Os 10,1 milhões de trabalhadores que possuem saldo em contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) poderão sacar os recursos entre os meses de março deste ano. A ordem dos saques será posteriormente divulgada. Esse período foi proposto pela Caixa e aprovado pelo presidente Michel Temer, segundo informou ao jornal Estado de S. Paulo o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha.
Ontem, o presidente Michel Temer disse (19) que não haverá limitação de valor para saque das contas inativas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Temer deu a declaração em resposta a uma informação publicada pela Folha de S. Paulo sobre a possibilidade de retenção de parte do saldo do FGTS, em caso de extratos com "volumes expressivos".
"Eu quero declarar publicamente que não houve nenhuma modificação. Quem tiver fundo, dinheiro nas contas inativa, vai sacá-las por inteiro, qualquer valor", afirmou o presidente durante a cerimônia de liberação de crédito para a Safra 2017/2018, em Ribeirão Preto (SP). Mais cedo, o ministro chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, também havia dito pelo Twitter que o presidente "confirmou liberar todo o saldo da conta".
A opção por estabelecer um limitador para os saques, que atingiria uma pequena parcela dos trabalhadores, era tratada até a noite da última quarta-feira (18) como possibilidade dentro do governo, segundo relataram integrantes da administração Temer e empresários envolvidos nas discussões. A restrição apenas para as contas mais altas, que tendem a ser de pessoas com maior renda. O receio era o de que os recursos seriam usados em investimentos financeiros, e não para alavancar a economia.
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Em dezembro, o governo anunciou que os trabalhadores poderão sacar os valores das contas inativas até 31 dezembro de 2015. O Ministério do Planejamento anunciará um calendário de saque com base na data de nascimento dos trabalhadores. A medida deve injetar até R$ 30 bilhões na economia.