'Residencial será novo ícone da cidade, pronto em 3 anos'

O empresário Ivens Dias Branco deverá entregar o novo empreendimento residencial a ser construído onde hoje está sendo demolido o Esplanada Praia Hotel, na Praia de Iracema, em até três anos. De acordo com ele, o projeto do prédio está, no momento, em elaboração "pelos melhores arquitetos do mundo", que deverão planejar um novo ícone para a cidade, nos moldes de empreendimentos dos Emirados Árabes, a exemplo do hotel Burj Al Arab, em Dubai.

Segundo o empresário, o projeto do novo prédio deverá estar concluído antes da conclusão do processo de demolição do Esplanada, o que deverá tomar cerca de oito meses. "Dentro desta área, queremos desenvolver o projeto que seja um ícone para a própria cidade. Uma coisa diferente, tipo como você faz em Abu Dhabi, faz em Dubai, um edifício que chame a atenção como ícone. Então, é por isso que nós estamos com os melhores arquitetos do mundo pra ver o que se vai fazer lá", informou ontem, ao Diário do Nordeste, o empresário.

Prazo

De acordo com ele, o que já está definido é que será um edifício exclusivamente residencial. "Agora, como será, é o que ainda está sendo visto", diz. Ivens informou que as obras deverão ter início tão logo a demolição do prédio existente seja concluída. "A operação é coisa para três anos, entre a data de hoje e o término, porque uns oito meses é só na demolição", explica.

Como o projeto do prédio ainda está em elaboração, ele disse que ainda não há uma definição de quanto será investido no empreendimento.

"No momento, ainda não sabemos se iremos buscar financiamento. Isso vai depender da evolução das coisas, se vai haver interesse ou não", analisa Ivens, que já é controlador do Hotel Praia Centro e foi apontado este ano, na lista da revista norte-americana Forbes, como o oitavo mais rico do Brasil.

O empresário cearense comprou o antigo Esplanada no primeiro semestre desse ano, após um acerto com o Banco do Nordeste (BNB), que hipotecou o hotel como garantia de um empréstimo feito ao grupo português Dorisol. O grupo pretendia instalar um hotel de ponta no local do Esplanada, o que não chegou a ocorrer.

Consequentemente, a estrutura permaneceu por uma década abandonada por conta da dívida acumulada, que tornava a sua aquisição impraticável para os muitos grupos empresariais que chegaram a se interessar por ele. Ao longo desses anos, a dívida chegou a aproximadamente R$ 80 bilhões, por conta dos juros. A aquisição foi efetivada por R$ 130 milhões.

Demolição

Inicialmente, o prédio do antigo Esplanada Praia Hotel seria implodido, com data então marcada para 30 de novembro. O processo duraria dois dias, sendo necessários outros 30 para a limpeza do terreno.

Todavia, receosos dos impactos da implosão do prédio de 18 andares, os moradores dos prédios localizados no entorno solicitaram que a demolição fosse feita a partir de outro método. Uma demolição mecânica, que deverá durar cerca de oito meses, foi então definida.

Sérgio de Sousa
Repórter