Residenciais de Fortaleza têm leve alta de preços em abril
Além da Capital cearense, apenas Curitiba e São Paulo tiveram variação positiva no mês passado
Os preços dos imóveis em Fortaleza continuam mostrando estabilidade neste ano. De acordo com o Índice do Mercado Imobiliário Residencial (IGMI-R) da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), a Capital cearense registrou leve alta de 0,19% em abril nos valores das unidades habitacionais, enquanto a média nacional foi de -0,05%.
No mês passado, entre as nove capitais pesquisadas, além de Fortaleza, apenas Curitiba e (0,31%) São Paulo (0,04%) tiveram aumento nos preços. Fortaleza, que ainda registrava uma taxa de variação positiva de 0,43% no acumulado em 12 meses de março, passou para uma variação negativa de -0,06% nos 12 meses encerrados em abril, apesar do crescimento de 0,19% na comparação mensal entre abril e março. No ano, Fortaleza acumula alta de 0,79%. Nas demais capitais, o comportamento do acumulado em 12 meses foi o mesmo do observado no Brasil, com a continuidade da desaceleração da queda em 12 meses.
Maiores quedas
As quedas mais expressivas nos preços nominais dos imóveis residenciais foram observadas em Belo Horizonte (-0,47%), Porto Alegre (-0,73%), Salvador (-0,26%) e Goiânia (-0,12%), enquanto Rio de Janeiro (-0,03%) e Recife (-0,01%) tiveram praticamente estabilidade nos preços dos imóveis.
Os resultados de abril interromperam momentaneamente as tendências de desaceleração nas quedas acumuladas em 12 meses de algumas das capitais brasileiras. Para Recife, por exemplo, a variação contabilizada em 12 meses ficou, em abril, em -1,38%, após registrar -0,93% em março, e na mesma base de comparação Porto Alegre (-0,89% em abril contra -0,70% em março) e Salvador (-2,74% em abril contra -2,64% em março) tiveram o mesmo comportamento.
Brasil
No mês de abril, a variação para o Brasil do Índice do Mercado Imobiliário Residencial da Abecip foi praticamente nula, apresentando uma ligeira queda de 0,05%. Com este resultado, a variação em 12 meses do indicador registrou o quarto mês consecutivo de desaceleração no ritmo de queda nominal nos preços dos imóveis residenciais, passando dos -1,86% de março para -1,82% em abril.
Incertezas
De forma geral, os indicadores de abril podem ser interpretados como resultantes de alguma volatilidade em torno da tendência de arrefecimento no ritmo de queda nos preços nominais dos imóveis residenciais no Brasil.
Essa volatilidade reproduz as incertezas acerca da retomada do nível de atividade econômica no País, para as quais contribuem os desdobramentos do quadro político.
Cenário
Uma vez que o cenário desenhado pela queda consistente da inflação e dos juros no Brasil ainda está mantido, estas incertezas parecem, por enquanto, apenas adiar um pouco a retomada mais robusta do crescimento da economia nacional, que deverá consolidar as condições para a estabilização dos preços dos imóveis residenciais.