Previstos R$ 60 mi para ampliar molhe do Titan

O presidente da Companhia Docas do Ceará (CDC), Paulo André Holanda, retornou ontem, de Brasília, onde encaminhou ao diretor do Departamento de Obras e Serviços em Portos Delegados da Secretaria Especial de Portos (SEP), Alber Furtado de Vasconcelos Neto, projeto para o prolongamento do molhe do Titan - espigão de pedras - existente no Porto do Mucuripe, em Fortaleza, na 3ª etapa do Programa de Aceleração do Crescimento do governo federal (PAC3).

Orçada em R$ 60 milhões, a obra já está contemplada no Orçamento da União para 2015. Atualmente, este molhe tem 1,6 quilômetro de extensão e será aumentado em mais 400 metros. "Esse projeto (ampliação do molhe) é muito importante para o Porto do Mucuripe, pois vai dar segurança à navegação e atracação dos navios. Quando falo em segurança, me refiro a evitar o assoreamento e as ondas swell (ressaca do mar), que castigaram muito o Porto do Mucuripe nos últimos dois anos", explica Holanda.

Conforme disse, toda a documentação com a solicitação foi entregue ao diretor da SEP, que encaminhará, agora, para análise técnica.

Terminal de Passageiros

Em operação desde junho deste ano, quando recebeu o navio de cruzeiros MSC Divina, o Terminal de Passageiros do Porto do Mucuripe, explica o presidente da CDC, já está praticamente concluído. Entretanto, o edital para o arrendamento do espaço à iniciativa privada ainda aguarda auditoria do Tribunal de Conta da União (TCU).

Segundo o presidente da CDC, o TCU já está de posse do documento para análise. "Porém, sem prazo para a publicação. Nossa expectativa é de que até os meses de outubro ou novembro esse edital já esteja na praça para dar andamento ao processo licitatório", afirma.

Em entrevista ao Diário do Nordeste no último mês, Holanda, disse que o certame se dará por meio de licitação internacional e a iniciativa privada que vencer o processo deverá ficar à frente do empreendimento por até 25 anos, podendo ser prorrogado ainda por mais 25. Além do espaço para atendimento aos passageiros, a parte superior do edifício será destinada a estabelecimentos comerciais, como bares e restaurantes.

Dragagem

Outro processo licitatório que precisa ser iniciado é o de dragagem do porto, a fim de aumentar o calado do local, permitindo assim a atracação de transatlânticos. O assunto também está sendo tratado em Brasília.