Prévia da inflação em Fortaleza recua pelo 2º mês

A queda nos preços foi um pouco menor que a registrada no mês passado (-0,13%), segundo o IBGE

Escrito por Redação ,
Fortaleza/Rio. Pelo segundo mês consecutivo, a prévia oficial da inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), teve variação negativa em Fortaleza. Neste mês, o índice variou -0,08%, uma deflação um pouco menor que a verificada em junho (-0,13%). Em julho de 2016, a variação foi positiva (0,64%). Os dados foram divulgados ontem (20) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
 
O comportamento dos preços na Capital cearense seguiu a tendência nacional de recuo. Das 11 capitais pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 10 registraram deflação no IPCA-15 de julho. A única variação positiva ocorreu em Curitiba, mesmo assim, foi pequena, de apenas 0,01%.
 
No caso de Fortaleza, contribuíram para o resultado negativo em julho, principalmente, os itens de alimentação, com destaque para as quedas observadas nos preços do maracujá (-23,12%), da batata-inglesa, com retração de 16,50%; laranja-pera (-12,81%); uva (-8,43%); tomate (-8,13%); banana-prata (-8,13%) e a cenoura, com queda de 5,68%, contrafilé (-5,31%) e o feijão-macassar (fradinho), com deflação de 5,23% em julho. Também estão entre as baixas mais expressivas roupa de cama (-5,92%); roupa de banho, com queda de 5,78%.
 
Por outro lado, houve aumento em itens cebola (8,44%), mamão (7,79%), taxa de água e esgoto (7,67%), salsicha em conserva (7,55%), caldo concentrado (6,39%), feijão-carioca (5,37%), produto para unhas (4,92%), carne em conserva (3,74%), carne de porco (4,50%) e bolsa (3,55%).
 
Nacional
 
Sob a forte influência dos preços dos alimentos e dos transportes, a prévia da inflação oficial do País fechou em julho negativa em 0,18%, a menor taxa para os meses de julho desde o ano de 2003 (quando havia registrado a mesma variação negativa). O resultado é também a menor inflação da série histórica desde a variação negativa de 0,44% de setembro de 1998, portanto, em quase 20 anos. 
 
De acordo com o IBGE, responsáveis por quase a metade das despesas do brasileiro, os grupos Alimentação e Bebidas e Transportes tiveram deflação de junho para julho de -0,55% e -0,64%, respectivamente.
 
Com participação de 25% nas despesas das famílias, o grupo dos alimentos exerceu “o mais intenso impacto negativo”: 0,14 ponto percentual. Já o item dos transportes, que também tem participação significativa nas despesas (18%), foi negativo em 0,11 ponto percentual em relação a junho.
Com deflação ainda maior (-0,55%), o grupo artigos de residência responde por apenas 4% de participação nas despesas das famílias e contribuiu para a queda do IPCA-15 com -0,02 ponto percentual.
 
Alimentos
 
O IBGE disse que a queda nos preços dos alimentos foi ainda mais forte quando considerados os produtos comprados para consumo em casa, que ficaram 0,95% mais baratos. Houve queda em todas as regiões pesquisadas, com a retração variando dos -0,37% em Brasília até -1,61% em Curitiba.
 
Os preços da maioria dos produtos ficaram mais baixos de junho para julho, com destaque para a batata-inglesa (-19,07%), o tomate (-8,48%) e as frutas (-4%). Na alimentação fora de casa, a variação média foi de 0,2%, com as regiões apresentando resultados entre a queda de 0,41% na região metropolitana do Rio de Janeiro, até a alta de 1,10% em Goiânia.
 
O IBGE informou, ainda, que a redução de 0,64% nos transportes foi influenciada pelos preços dos combustíveis, que recuaram 3,16%. O etanol caiu 4,81%, enquanto o litro da gasolina passou a custar -2,98%.
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