Polonesa investe R$ 1 bi em duas fábricas no Ceará

Can-Pack vai operar três indústrias no Brasil. A maior parte será instalada na cidade de Maracanaú

Escrito por Levi de Freitas - Repórter ,
Legenda: Cerca de R$ 600 milhões foram aplicados na reestruturação do parque fabril da Cia Metalic do Nordeste, que foi adquirida pela Can-Pack em 2016, já planejando a atuação na cidade cearense

Com um investimento aproximado de R$ 1 bilhão, a fábrica polonesa de embalagens de metal Can-Pack dá seu primeiro passo em território nacional. O local escolhido para abrigar a sede e as principais operações da empresa foi Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). No local, funcionarão uma fábrica de latas de alumínio e outra de tampas. No Ceará, a empresa investiu cerca de R$ 600 milhões para reestruturar o parque fabril da Cia Metalic do Nordeste, adquirida em 2016. A terceira unidade da empresa europeia funcionará em Itumbiara, Goiás. Aqui, cerca de 300 empregos diretos são gerados.

Nesta sexta-feira (20), a Can-Pack irá oficializar o início das atividades da fábrica de latas de alumínio de Maracanaú. Já o parque de produção de tampas deverá iniciar as atividades em meados de agosto deste ano, de acordo com o presidente da Can-Pack Brasil, Paulo Dias.

"A Cia Metalic do Nordeste já estava instalada há pouco mais de 20 anos. Neste movimento da Can-Pack de vir ao Brasil, começamos a construir a fábrica de Itumbiara e compramos a Metalic. Fizemos a modernização das duas fábricas que tem aqui em Maracanaú. Antes, produziam latas de aço para bebidas e estamos convertendo para latas de alumínio. Aumentamos a capacidade de fábrica e modernizamos para fazer novos tamanhos de latas e novas capacidades", explicou o presidente.

Mercado NE atendido

De acordo com Dias, a operação no Ceará vai abastecer o mercado do Nordeste, com possibilidade de expansão às demais regiões do País.

"A fábrica de tampas também passa por esse processo de modernização e ampliação. Ela será a única do País. Vamos incluir uma tecnologia mais avançada de produção que consome menos matéria prima, mas sem perder as qualidades. Estamos aumentando a capacidade de produção, pois essa fábrica de tampas servirá de centro de demanda de toda a empresa no Brasil. As latas serão produzidas em Maracanaú e Itumbiara e as tampas, todas aqui em Maracanaú", explicou.

Produção e empregos

Segundo o presidente nacional da companhia estrangeira, o parque cearense está projetado para produzir até 1,5 bilhão de latas por ano e a de tampas tem a previsão de fabricar 4 bilhões de unidades anualmente.

As alterações refletiram no quadro de funcionários da empresa. Conforme Paulo Dias, no Ceará, praticamente dobrou o número de colaboradores. O Estado detém a maior fatia laboral da empresa no País. "Quando compramos a Metalic, em 2016, eram pouco mais de 150 funcionários. Hoje, vamos passar de 300 funcionários. No Brasil todo, são mais de 500 empregos diretos gerados e ainda estamos em fase de contratação".

Cerimônia

O evento de lançamento da operação nacional da Can-Pack contará com a presença do presidente mundial da Giorgi Group Holding, controladora da Can-Pack, Peter Giorgi; do presidente mundial da Can-Pack, Herman Nicolaas Nusmeier; e comitiva de acionistas e diretores. O governador do Estado, Camilo Santana, também tem presença aguardada. Na segunda-feira (23), será inaugurada a fábrica em Goiás.

Um dos pontos destacados pela empresa como diferenciais da operação é a sustentabilidade. Trabalhando com latas de alumínio, que segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas e Alumínio (Abralatas) é um produto com taxa de 98% de reciclagem no Brasil, a Can-Pack crê em uma atuação com reduzido impacto no meio-ambiente e nas comunidades.

"Entendemos que temos a obrigação de usar os recursos naturais de maneira responsável e eficiente, e minimizar o impacto de nossas operações no meio ambiente, garantindo, além do retorno adequado aos nosso acionistas, o zelo pelo bem estar da sociedade em geral", explanou Dias.

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