PIB brasileiro cresceu 0,42% em abril, aponta Ibre/FGV

Rio de Janeiro. O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 0,42% em abril ante março, estimou o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), por meio do Monitor do PIB.

O indicador antecipa a tendência do principal índice da economia a partir das mesmas fontes de dados e metodologia empregadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo oficial das Contas Nacionais.

Na comparação com abril de 2016, o Monitor apontou queda de 1,3% no PIB. Segundo a FGV, foram registradas taxas negativas em todas as atividades, à exceção de agropecuária (11,5%), extrativa mineral (4,4%) e comércio (1,4%).

Na taxa trimestral móvel, o PIB de fevereiro a abril teve alta de 0,87% em relação ao trimestre móvel imediatamente anterior e queda de 0,8% em relação a igual trimestre móvel de 2016. No primeiro trimestre de 2017, a queda ante os três primeiros meses de 2016 havia sido de 0,4%. "Nesta comparação, o PIB teve sua trajetória de melhora revertida, já que vinha apresentando recuperação contínua desde novembro de 2016 quando esta taxa apresentou um recuo de 2,9%", diz a FGV, em nota.

Pela ótica da demanda, o Monitor do PIB apontou queda de 1,9% no trimestre móvel findo em abril na comparação com igual período de 2016.

De acordo com a FGV, embora registre a terceira queda consecutiva, o consumo das famílias está passando por uma mudança na composição.

Já a formação bruta de capital fixo (FBCF, medida dos investimentos na economia) apresentou retração de 4,6% no trimestre móvel findo em abril em comparação a igual trimestre do ano anterior, estimou o Monitor.

"O componente que vinha em tendência ascendente, muito influenciado por máquinas e equipamentos, voltou a retroceder devido ao aumento da contribuição negativa do componente da construção", diz a FGV.

Comércio exterior

Ainda pela ótica da oferta, a exportação apresentou crescimento de 1,4% no trimestre móvel findo em abril em comparação a igual período de 2016.

Já a importação cresceu 4,5% no trimestre de fevereiro a abril, na comparação com igual período do ano anterior.

"Apesar de positiva, esta taxa é menor que as demais observadas nos primeiros meses de 2017. (...) O componente de bens intermediários ainda apresenta contribuição positiva para o total da importação, mas em magnitude significativamente menor do que as dos primeiros meses do corrente ano", diz a nota da FGV.

De acordo com o Monitor do PIB, no trimestre findo em março deste ano, a contribuição de bens intermediários para o total das importações foi de 11,3 pontos porcentuais (p.P.), enquanto que, no trimestre findo em abril, caiu para 6,7 p.P.