Petrobras reajusta GLP residencial em 8,9%
Aumento se dá menos de uma semana após a elevação do preço do produto para uso industrial e comercial
Fortaleza/São Paulo. O botijão de gás de cozinha residencial é o novo alvo dos reajustes da Petrobras. Menos de uma semana após operar uma alta no produto vendido para comércio e indústria, a estatal informou, na tarde de ontem (4), que reajustou os preços do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) para uso residencial, envasado pelas distribuidoras em botijões de até 13 kg (GLP P-13) em 8,9%, em média. O reajuste entra em vigor já nesta terça-feira (5).
A justificativa dada pela companhia para efetuar o aumento também para o GLP residencial foi a mesma informada no caso dos outros mercados, ou seja, "o reajuste foi causado principalmente pela alta das cotações do produto nos mercados internacionais, que acompanharam a alta do Brent" (uma classificação do petróleo cru).
"Como a lei brasileira garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados, as revisões feitas nas refinarias podem ou não se refletir no preço final ao consumidor. Isso dependerá de repasses feitos especialmente por distribuidoras e revendedores", acrescenta a estatal em nota enviada à imprensa.
O ajuste anunciado, no entanto, foi aplicado sobre os preços praticados sem incidência de tributos. Se for integralmente repassado aos preços ao consumidor, a companhia estima que o preço do botijão de GLP P-13 pode ser reajustado, em média, em 4%, isso se forem mantidas as margens de distribuição e de revenda e as alíquotas de tributos operadas atualmente.
A estatal lembrou ainda que o último reajuste do gás de cozinha ocorreu há precisamente um mês, em 5 de novembro de 2017. A alteração atual não se aplica ao GLP destinado a uso industrial/comercial.
Paridade internacional
Em nota enviada à imprensa, também na tarde de ontem (4), logo após o anúncio do reajuste pela Petrobras, o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), que representa as empresas distribuidoras do GLP no Brasil, disse que o reajuste deixa os preços brasileiros próximo das cotações internacionais. Segundo o Sindicato, "o ajuste anunciado deixa o preço praticado pela Petrobras para as embalagens de até 13 quilos aproximadamente 1,3% abaixo do preço de paridade internacional".